Infraestrutura

A Telesys está participando de sete projetos de implementação de redes privadas móveis no Brasil, todos usando equipamentos de sua parceira Baicells, especialmente small cells LTE. Os projetos são para aplicações variadas em setores diversos, incluindo mineração, agricultura, indústria automobilística, petróleo e mídia. Um dos projetos vai levar conectividade para mineradores em uma instalação a 7 Km de profundidade. 

A dupla Telesys e Baicells aposta que o mercado de redes privadas móveis vai crescer no Brasil nos próximos anos por três razões: 1) transformação digital em curso em diversos setores da economia; 2) disponibilidade de frequências diversas pela Anatel para essa finalidade; 3) oferta de small cells LTE a baixo custo. “Esses fatores causam uma revolução no mercado de redes privadas”, comenta Marco Szili, sócio-fundador da Telesys, em conversa com Mobile Time.

A maioria dos projetos usa licença de Serviço Limitado Privado (SLP) e usam as faixas de 700 MHz e 2,3 GHz. Mas a Telesys orienta seus clientes a solicitarem à Anatel a maior variedade possível de frequências para redes privadas móveis. Mesmo faixas para uso secundário interessam pois boa parte dos projetos são localizados em áreas remotas, destaca Ricardo Pence, vice-presidente de vendas para América Latina, Portugal e Espanha da Baicells.

Uma eNodeB LTE da Baicells, com antena integrada, capaz de cobrir um raio de 3 Km a 5 Km, tem preço inicial da ordem de US$ 1,5 mil, já com todos os impostos incluídos. “E pesa apenas 2 Kg. Qualquer pau de eucalipto sustenta”, afirma Pence. A empresa também oferece smallcells mais potentes, de 40 Watts, capazes de cobrir até 20 Km, dependendo da frequência, a um preço médio de US$ 7,5 mil cada. “Dá para montar uma rede privada com uma equipamento de 40 Watts por R$ 50 mil”, exemplifica. Todos os equipamentos da empresa estão prontos para serem atualizados para 5G, se necessário.

Ainda não está consolidado no Brasil um modelo de negócios padrão para redes privadas móveis. Por isso, Telesys e Baicells procuram ser flexíveis. “É um mercado que está começando e que não tem um modelo definido. Somos totalmente flexíveis em modelos de negócios. Podemos ser mero fornecedor de equipamento para integrador, ou fornecedor de uma solução para uma fazenda ou indústria, ou ser parceiro de outro fornecedor, enfim, estamos abertos. Mas acho que, no decorrer do tempo, um dos modelos vai prevalecer”, comenta Szili.

MPN Forum

Pence participará de painel de discussão sobre o mercado brasileiro de redes privadas móveis no MPN Forum, dia 12 de julho, no WTC, em São Paulo. Ele terá a companhia de Alexandre Dal Forno, diretor de desenvolvimento de mercado IoT & 5G da TIM; Paulo Spaccaquerche, presidente da Abinc; e Vinicius Caram, superintendente de outorga e recursos à prestação (SOR) da Anatel. O evento contará também com a apresentação de cases de Petrobras, Hospital das Clínicas, Grupo São Martinho, Neoenergia e WEG. O MPN Forum é organizado por Mobile Time. A agenda completa e mais informações estão disponíveis em www.mpnforum.com.br

 

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