Com atuação há mais de 30 anos focada em empresas com faturamento anual acima de R$ 30 milhões, o Banco Fibra prepara para este ano o lançamento do seu primeiro aplicativo móvel. A iniciativa faz parte de um projeto maior de transformação digital iniciado há cerca de dois anos com a migração de seus sistemas para a nuvem, o que ampliou sua capacidade de armazenamento e processamento de dados, antes limitada a um data center próprio. Isso fez com que o banco almejasse voos mais altos. Agora, quer oferecer serviços também para empresas com faturamento anual abaixo de R$ 30 milhões e aumentar sua carteira de clientes, hoje composta de poucas centenas, para algo entre 2 mil e 5 mil até o final do ano.
“O mobile não é muito explorado no segmento PJ, mas entendemos que quem opera uma empresa são pessoas físicas, que utilizam Spotify, Instagram e gostam da experiência em seu smartphone. Existe um conjunto de funcionalidades executadas por essas pessoas no seu dia a dia de trabalho que podem ser desenhadas para o mundo mobile. Estamos mapeando essas funcionalidades para criar o nosso mobile banking, de maneira que seja um diferencial de mercado no mundo corporativo”, explica Carlos Alberto Sangiorgio, head de TI e transformação digital do Banco Fibra, em entrevista para Mobile Time.
Além do app, o banco vai reformular do zero o seu site de Internet banking. O app, o novo site e todo o back-end estão sendo construídos com uma arquitetura de microsserviços e APIs, para estarem prontos para o open banking, relata Sangiorno.
Uma das principais novidades será o onboarding digital. “Esse é um desafio muito maior para PJ que para pessoa física”, comenta o executivo. Para abrir uma conta bancária de pessoa jurídica, o processo é longo e burocrático: é necessário enviar contrato, assinar, verificar as identidades dos representantes legais etc. “Isso pode levar meses. Estamos mapeando essa jornada para que no onboarding digital demore dias ou talvez horas”, afirma. O mobile será usado nesse novo processo para a prova de vida dos representantes legais.
A entrada no segmento de empresas com faturamento abaixo de R$ 30 milhões requer a oferta de novos serviços, como folha de pagamento, cobrança, pagamento de fornecedores etc. São mais de 30 projetos em andamento. Para o trabalho, o Banco Fibra conta com o apoio de fábricas de software, que atuam sob a liderança técnica da equipe de TI da instituição financeira.
“Nossa proposta é ser o mais próximo possível de um banco digital de pessoa física mas para PJ, atendendo bem aos nossos clientes usando tecnologia”, resume o executivo.