Apenas 12% dos 3 mil apps mais instalados no Brasil têm sede no País. De acordo com relatório da AppsFlyer divulgado nesta quarta-feira, 4, a China é o país com mais aplicativos instalados por consumidores brasileiros, 21%. Empatado com Brasil, os Estados Unidos aparecem na sequência, também com 12%.
Por outro lado, a empresa afirma que o share dos apps brasileiros aumentou dois pontos percentuais desde 2019, quando era 10%. Ainda vale notar que o relatório aponta Rússia (7%), Israel (4%) e Bielorrússia (4%) entre os mais baixados. Os demais, 41%, são instalações de apps de vários países, como Alemanha, Espanha, Inglaterra, Coreia do Sul e Ucrânia.
As informações são baseadas em um relatório da companhia, que mede 700 milhões de instalações de apps dos primeiros trimestres de 2019, 2020 e 2021. Além disso, a empresa acompanha em sua metodologia 385 milhões de instalações orgânicas (sem campanha) e 325 milhões não-orgânicas de 3 mil aplicativos com ao menos 5 mil instalações não-orgânicas.
Orgânicos x não-orgânicos
O Brasil teve um aumento de 41% nas instalações não-orgânicas de aplicativos na comparação entre o primeiro trimestre de 2021 e o mesmo período no ano anterior, ou seja, em ações incentivadas por campanhas de marketing digital. Em instalações orgânicas, o incremento foi de 13%. No geral (orgânicas mais inorgânicas), o crescimento foi de 26%, informou a AppsFlyer.
Por categoria, o principal aumento em instalações orgânicas foi em finanças, 329%, um movimento puxado pela necessidade de uso do app dos bancos e carteiras durante a crise do novo coronavírus (Sars-CoV 2). Em aplicativos sociais, o incremento mais forte foi nas instalações inorgânicas de aplicativos sociais, 191%.
Por sua vez, os apps de viagem tiveram queda de 33% nas instalações orgânicas no primeiro trimestre de 2021, ante o mesmo período um ano antes. Também impulsionado pelo momento de distanciamento social e restrições de locomoção.
