A Montblanc não é uma empresa de tecnologia. Mas quando os smartwatches começaram a se popularizar, uma das maiores fabricantes de relógios de luxo do mundo não poderia ficar para trás. Por isso, lançou o Summit, que está disponível no Brasil na sua mais recente terceira geração. Mas o preço é salgado: R$ 10,1 mil.
Por fora, o wearable parece como qualquer outro relógio da companhia alemã. A caixa de titânio feita à mão é uma atualização em relação ao aço inoxidável da geração anterior. Está disponível em três cores diferentes: preto, cinza e bicolor, com mistura dos dois tons. Cada opção vem acompanhada de duas pulseiras, cujas cores variam conforme a caixa escolhida. Uma é em couro de bezerro, para ocasiões formais, em preto ou verde. A outra é em borracha, para uso esportivo, em preto ou azul. A coroa dos relógios normais também adorna a lateral, podendo ser usada para navegação.
Por dentro, é diferente de um relógio comum da marca. O smartwatch da Montblanc une a sofisticação de sua herança luxuosa com a tecnologia disponível na maioria dos dispositivos encontrados no mercado. Além de atrair um público mais jovem, é uma opção aos que preferem o design clássico, mas ainda assim desejam utilizar os recursos do qual o wearable dispõe.
Funcionalidades
“Ele não é somente um relógio, no final. É basicamente vários relógios. Isso é possível por conta das opções de caixas e pulseiras. E você também pode mudar o mostrador, dos clássicos ao modernos, com diferentes cores”, disse Felix Obschonka, diretor de novas tecnologias da Montblanc, que esteve no Brasil para o lançamento do relógio, nesta quinta-feira, 4. “Você realmente pode fazer este relógio se adequar a você e ao seu estilo de vida, ao seu gosto.”
Os mostradores de alguns modelos tradicionais da marca, como Geosphere, Bohème e 1858, ganharam suas versões virtuais. Outros disponíveis são mais funcionais, dependendo do uso naquele momento. A cada dois meses serão lançadas novas opções, segundo Obschonka. Ele ainda antecipou que deverá ser disponibilizada uma versão personalizada para o Brasil, provavelmente em 2023.
Assim como outros smartwatches do mercado, o relógio possui funções voltadas para saúde. O dispositivo realiza o monitoramento de calorias, passos (ou distância percorrida), níveis de oxigenação, batimentos cardíacos, estágios do sono e até mesmo o nível de estresse. Uma última métrica, chamada de energia corporal, consolida todos os dados do usuário, mostrando o estado geral de sua saúde.
Quem pratica esporte pode integrar com apps específicos. O relógio faz o acompanhamento de atividades físicas como ciclismo, corrida, esteira, ioga, caminhada, crossfit e outras modalidades. É possível estabelecer metas de saúde e verificá-las em tempo real.
“Você também pode baixar aplicativos de esporte na Play Store, mas vem com a nossa própria experiência fitness, com diferentes aplicações”, explicou o diretor de inovação, destacando o papel do app (Android, iOS), com o qual você consegue complementar o smartwatch. “Dentro dele, você tem muitas funções para atualizar o seu relógio e acompanhar todas as suas atividades esportivas, ver sua performance ao longo do tempo”, contou.
Especificações
Uma das grandes novidades é que o smartwatch vem equipado com o Wear OS, desenvolvido pelo Google. Sendo assim, é o primeiro dispositivo que não é da Samsung a utilizar o sistema operacional. Algumas aplicações são integradas, como o Google Maps, para navegação, e a carteira digital Google Pay, para pagamentos por aproximação em NFC. O processador é Snapdragon Wear 4100 Plus.
A Montblanc afirma que a bateria foi melhorada, com duração maior em relação à geração anterior, mas informações precisas não foram reveladas. Obschonka disse que o Summit 2 deve ser carregado, em média, a cada um dia e meio, no modo smartwatch, e de quatro a cinco, apenas com exibição do horário. A empresa faz a troca gratuita da bateria, quando necessário. Ainda não há carregamento sem fio.
Questionado sobre a possibilidade da Montblanc se aventurar no mundo dos NFTs, o diretor de novas tecnologias disse não conseguir revelar muitos detalhes. “É algo que estamos analisando, interessante e relevante, que pode trazer um novo elemento para o smartwatch, agregando valor ao usuário. O que não queremos fazer é ir nessa direção por motivos especulativos ou hype. Queremos avançar quando tivermos algo que realmente agregue muito valor ao cliente”, explicou.
O Summit 3 pode ser comprado por R$ 10,1 mil na loja online da Montblanc.