Por cinco anos, os sócios-fundadores da RM Sistemas ficaram de fora do mercado de informática em razão de uma cláusula de não competição que fez parte do contrato de venda da empresa para a Totvs, em negócio assinado em 2006. Agora, liberados para voltar à atividade, eles criaram uma desenvolvedora de aplicativos móveis, a Lalubema, sediada em Belo Horizonte. Entre jogos, livros interativos e apps variados que começaram a ser lançados em janeiro passado, a Lalubema deve chegar ao fim de 2012 com 15 títulos publicados na App Store e na Google Play e ultrapassar a marca de 60 mil downloads acumulados, prevê William Tadeu da Silveira, um dos sócios à frente da operação.

A Lalubema começou mirando em apps para o consumidor final. Entre os 12 títulos lançados até agora, merece destaque o jogo "AR Fire", uma espécie de paintball com realidade aumentada, em que é escolhida uma cor (por enquanto azul ou vermelho) para servir de alvo para "tiros" através da câmera. A ideia é que um amigo esteja vestido com essa cor, para ser perseguido durante um período de tempo pré-definido. "Acho que é o único jogo na App Store que tem entre as imagens de divulgação fotos de crianças brincando, em vez de apenas screen shots", comenta Silveira. A empresa prepara novas versões do game adicionando outras cores e a possibilidade de uso como alvo de padrões capturados pela câmera, como camisetas listradas ou quadriculadas. Outros apps voltados para o varejo criados pela empresa são o "Minha cerveja", que testa os conhecimentos dos apreciadores de cervejas artesanais, e o "Meus índices", para nadadores amadores medirem seu desempenho.

A empresa também se aventura na publicação de livros-aplicativos infantis, especialmente com temas bíblicos, como um sobre a Arca de Noé, seu recordista em downloads até o momento, baixado quase 5 mil vezes. Todos são interativos e contêm versões em português, espanhol e inglês, o que tem propiciado vendas ao redor do mundo. O segundo país que mais baixou o livro-aplicativo da Arca de Noé, por exemplo, foi a África d Sul.

O modelo de negócios experimentado até agora pela empresa é a cobrança por download. Para atrair os consumidores, são oferecidas versões gratuitas com alguma limitação. Por enquanto, a Lalubema prefere não vender espaço publicitário de seus apps para adnetworks. "O retorno é fraco e ocupa uma parte grande da tela", justifica Silveira.

Corporativo

Agora, a Lalubema se prepara para atender também a demandas do mercado corporativo. A vantagem é receber pelo desenvolvimento assim que o app fica pronto, em vez de aguardar os pagamentos a conta gotas das lojas de aplicativos ao longo do tempo. Os primeiros títulos corporativos desenvolvidos pela empresa serão lançados em breve. Silveira estuda também a possibilidade de separar sua equipe de desenvolvedores em dois times: um com foco no consumidor final e outro no mercado corporativo.

 

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