O diretor de big data, analytics e inteligência artificial da Claro, Rafael Coronel, prevê que as empresas que não colocarem os dados no coração de seus negócios dificilmente vão sobreviver no mercado nos próximos anos. “As empresas que tratam o dado como commodity vão fracassar”, afirmou durante o Semantix Data Summit nesta terça-feira, 4.
Coronel explicou que a Claro não vê os dados como commodity. E que isso colaborou para a companhia mudar “cultura e processos” e dar credibilidade à análise de dados para os negócios.
“Quando uma empresa começa a encarar o dado como ativo principal, ela começa a crescer”, completou.
Também participante do painel, Alexandre Minato, head de data & advanced analytics da F1RST (Santander), afirmou que o banco adotou os dados como parte central de sua estratégia no Brasil, mas para dar certo “precisavam de um business case”. A área escolhida foi a oferta de crédito.
“Mudamos toda a nossa estrutura de crédito. Não foi só uma mudança de tecnologia. Aprendemos a recuperar crédito de forma diferente. Foi coisa de R$ 1 bilhão recuperado. Parte disso foi por recuperar crédito melhor que o cliente. A partir daí chamamos a atenção do banco”, explicou Minato.
Para Alexandre Otomo, CFO do Oba Hortifruti, é preciso “democratizar” a discussão dos dados nas empresas, de modo a entender as necessidades dentro das diferentes áreas de negócios. No Oba Hortifruti, a utilização de dados no centro dos negócios contribuiu para um incremento de 60% nas vendas no app e aumento de 25% no tíquete médio, algo que ocorreu após a implementação da plataforma da Semantix.