Ilustração: Cecília Marins/Mobile Time
A Semantix estima que a quantidade de dados gerados por empresas vai crescer mais de 10 vezes nos próximos cinco anos, em especial com o avanço dos dados para monetização, predição e redução de riscos e custos. Na visão do cofundador e CEO da empresa, Leonardo Santos, o mercado deve caminhar para entender que os “dados não são mais commodities, mas sim, o seu principal ativo”.
Ainda assim, Santos acredita que o segmento de dados e inteligência artificial passará por uma consolidação. Também prevê uma regulação mais estreita e que os governos começarão a taxar o uso de algoritmos – que pode ser feito por certificação a cada operação.
A companhia, que recentemente realizou IPO na Nasdaq por meio de parceria com a SPAC Alpha Capital, está na missão de fomentar o setor de dados desde 2013. Mas Santos explica que esse avanço ocorre com a chegada das leis de proteção de dados, GDPR na Europa e LGPD no Brasil.
Atualmente a Semantix apoia firmas em setores como varejo, finanças, saúde e telecomunicações, com clientes como Bradesco, Mercedes-Benz e SPC. Um dos seus principais cases é com o governo de São Paulo e um diagnóstico (gratuito) baseado em dados informados por pessoas com suspeita de terem contraído o novo coronavírus durante a crise sanitária.
Expansão
Em conversa exclusiva com Mobile Time durante o Semantix Data Summit nesta terça-feira, 4, Santos revela que sua empresa quer avançar em outros setores, como o agronegócio e Internet das Coisas. Em IoT, a companhia já tem parceria com a Qualcomm e deve avançar para atrair mais empresas parceiras em 2023.
Parte da expansão da empresa passa por sua internacionalização, focada nas regiões da América do Sul, América do Norte e Europa nos próximos anos. Santos também confirma que há apetite para M&A, tanto que há uma área própria da Semantix em fusões e aquisições que procura por empresas com algumas características, como: tecnologia complementar, time bem estruturado, propriedade intelectual e que abra caminhos em novos segmentos.
Santos também quer colaborar para o desenvolvimento do ecossistema, tanto que a Semantix ajuda com treinamentos de seus parceiros por meio de relação com Insper, Unicamp, EBAC (que começa a criar uma certificação própria) e a própria Semantix Academy.
