A Samsung apresentou o Galaxy On7, smartphone cuja venda acontecerá exclusivamente através de canais on-line, começando pelo próprio site da fabricante, além de Shoptime, Submarino e Americanas.com. A pré-venda foi aberta nesta quarta-feira, 4, e a comercialização será aberta na próxima segunda-feira, 9, ao preço de R$ 949,90. O On7 está sendo lançado simultaneamente na Índia e em breve chegará a outros mercados.

Esta é a segunda experiência da Samsung com um smartphone vendido exclusivamente via comércio eletrônico. O outro foi o Galaxy Gran Neo. Segundo Renato Citrini, gerente sênior de marketing de produto da Samsung, a motivação por trás desse lançamento é atender a um nicho específico, composto de consumidores brasileiros com intensa atividade digital. "É voltado para aquela gama de usuários cuja vida está on-line. É gente que pesquisa e compras na Internet. É para quem é conectado e conhece bem a marca Samsung", explica o executivo. Ele citou dados de uma pesquisa que revela que 75% dos compradores de smartphones no Brasil fazem pesquisas on-line; 62% fazem compras on-line; e 20% compram seu smartphone pela Internet.

O On7 tem tela de 5,5 polegadas, sistema operacional Android 5.1.1 (Lollipop), processador quadcore de 1,2 GHz, 1.5 GB de RAM, conectividade 4G, câmera traseira de 13 MP e frontal de 5 MP, 8 GB de memória interna (com entrada para cartão microSD de até 128 GB, e bateria de 3 mil mAh. Citrini destaca ainda o design do aparelho como um diferencial em relação a concorrentes na mesma faixa: o On7 tem apenas 8,2 mm de espessura; acabamento que lembra couro; e seu corpo é reto atrás, o que permite digitar mensagens com o aparelho apoiado sobre uma mesa, por exemplo. Entre os aplicativos que vêm pré-instalados, uma novidade: o Apps Club, da Bemobi, serviço que dá acesso a catálogo de apps pagos mediante uma assinatura mensal de R$ 8,99.

Análise

Ao longo deste ano houve no Brasil vários lançamentos de smartphones com venda exclusiva na Internet, como os Zenfones da ASUS; o Quantum Go, da Positivo; o MX4, da Meizu; e o Redmi 2, da Xiaomi – este último acabou aparecendo nas lojas da Vivo, mas apenas para pós-pagos. A vantagem desse canal de vendas é a redução dos custos associados ao varejo físico, que incluem aluguel, vendedores, papel etc. Estima-se que a redução do preço chegue perto de 30% em alguns casos.

Com o fim da Lei do Bem para smartphones a partir de dezembro, provavelmente essa estratégia de venda on-line vai ganhar ainda mais força no Brasil para compensar a perda do benefício fiscal. Mas isso não vai significar o fim da venda pelo varejo, de forma alguma. Ele continuará sendo fundamental em um país com dimensões continentais como o Brasil e no qual metade da população ainda não tem o costume de acessar a Internet.

 

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