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O diretor do departamento de ciência, tecnologia e inovação digital do MCTI, José Gontijo, acredita que o não há no mundo um grande líder de entrega de soluções de Internet das Coisas (IoT). Durante live organizada pelo CPQD, Gontijo defendeu que há espaço para a IoT crescer no Brasil, mas passa por diversas etapas.

Em sua fala, o diretor do MCTI explicou que entre as etapas necessárias para a Internet das Coisas avançar estão: evangelização do tema, ao expor os benefícios econômicos da tecnologia; facilidade de uso; e redução de tributos.

“É um movimento que não acontece rapidamente. Por exemplo, as comunicações móveis começaram em 1995, mas não têm 100% da população com essa conexão”, afirmou Gontijo. “O papel do governo, setor privado, sociedade civil e academia é fazer a evangelização e mostrar os efeitos positivos dessa tecnologia”, completou.

O representante do MCTI acredita que entre as tecnologias novas que chegam ao mercado, como inteligência artificial, blockchain, IoT e 5G, não haverá um líder único. Contudo, Fontijo acredita que o diferencial será a criação de aplicações e o trabalho combinado com um ou mais parceiros.

Barreiras

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O painel contou com representantes de Claro, P&D Brasil e Simples Receita. Os executivos dessas empresas apontaram as barreiras para acelerar a inovação e a adoção de novas tecnologias.

Para Rodrigo Duclos, CDO da Claro, há duas barreiras: mão de obra com pessoas de soft skills e a mudança de postura. “Não tem como evoluir sem gente curiosa e inteligente, e com gestores e líderes que inspiram e ajudam a achar alternativas”, disse o executivo da operadora.

Segundo Maurício Conti, fundador da Simples Receita, a mão de obra técnica é outro desafio. Deu como exemplo sua própria startup, que é focada em receituário digital e está com dificuldade para encontrar desenvolvedores. Como não encontrou profissionais com o perfil técnico desejado no Brasil, Conti iniciou uma procura na Argentina.

Por sua vez, Rosilda Prates, presidente executiva do P&D Brasil, citou reocupações como a falta de um pensamento mais estratégico do País acerca da inovação e as altas taxas:  “Não é razoável você ter inflação de 3%, taxa Selic de 2% e uma taxa de juros dos bancos de até 15%. Esse tipo de problema nós precisamos conversar com o governo, pois não é razoável. As empresas precisam trazer para o governo quais são os entraves, mas quais são as soluções”, afirmou.

 

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