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CEO e presidente da Qualcomm, Steve Mollenkopf (esq.) e Cristiano Amon (dir.)

A Qualcomm confirmou a promoção de Cristiano Amon de presidente para CEO do grupo nesta terça-feira, 5. A mudança ocorre após o atual CEO, Steve Mollenkopf, confirmar que deixará a empresa e se aposentará após 25 anos na companhia. A troca está agendada para 30 de junho de 2021.

Esta é a segunda alteração na gestão da companhia nesta semana. Na última segunda-feira, 4, a Qualcomm confirmou a contratação de Luiz Tonisi como seu presidente na América Latina.

Mr. 5G

Cristiano Amon; Qualcomm

Cristiano Amon, presidente da Qualcomm, em evento com investidores em 2018

Formado em engenharia elétrica pela Unicamp, Amon está na Qualcomm desde 1995. Antes de ser efetivado como presidente, em 2018, o executivo atuou como vice-presidente da divisão de tecnologia da empresa, liderou o braço de investimentos, supervisionou fusões e aquisições, além de ter trabalhado em várias funções técnicas na companhia.

Nos últimos anos, o presidente da fornecedora tornou-se o rosto da empresa para apresentar sua visão sobre 5G. Seja em eventos com a imprensa, investidores, lançamentos de chipsets, modems ou relacionamento com operadoras e fabricantes, Amon tem sido o principal executivo escalado para falar das redes celulares de quinta geração.

CEO dos bastidores

Steve Mollenkopf; Qualcomm

Steve Mollenkopf, atual CEO da Qualcomm

Desde 2014 no comando da companhia, Mollenkopf, por sua vez, destacou-se pelo investimento em novas frentes, como produção de equipamentos para Internet das Coisas e segmento automotivo. Paralelamente, manteve sua liderança na produção de chipsets móveis para 3G, 4G e 5G. De acordo com a Strategy Analytics, a Qualcomm possui 32% do segmento de chipsets para smartphones, ante 22% da HiSillicon.

Contudo, o trabalho de bastidores de Mollenkopf foi vital para evitar impactos às estruturas da Qualcomm. Em um deles, o CEO evitou que a companhia fosse adquirida em uma tomada hostil pela Broadcom. Em outro momento, o executivo convenceu o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, a abrandar ações contra ZTE e Huawei, uma vez que tal movimento causaria demissões em massa na cadeia global de semicondutores.

Pelo lado negativo, Mollenkopf encarou uma longa batalha em briga de patentes com a Apple – o que trouxe redução de receita durante o período, mas recuperou US$ 4,7 bilhões no final da disputa – e geriu uma conturbada tentativa de compra da NXP. Avaliada em US$ 47 bilhões, a aquisição não foi concluída devido à escalada nas tensões comerciais entre China e EUA.

 

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