O mundo das finanças continuou bem ativo durante o recesso de final de ano. Fusões, aquisições e aportes movimentaram o setor entre as últimas semanas de 2021 e o começo de 2022 para empresas como XP, Unifique, Google e Tencent. Neste resumo, Mobile Time aborda ainda estratégias de empresas de tecnologia e novidades no universo das fintechs.
Confira na lista abaixo:
M&A
A operadora Unifique comprou a rival Guaíba Tecnologia por R$ 61 milhões no dia 29 de dezembro. Com a aquisição, a companhia expande sua atuação no Sul do País, em especial no Rio Grande do Sul, sede da Guaíba. E na última terça-feira, 4, a Unifique desembolsou outros R$ 14,4 milhões para comprar a competidora Mosaico Telecom que também atua no sul brasileiro.
Outra operação de compra, dessa vez feita pela XP, levou o Grupo Suno para o seu portfólio no começo de 2022. A aquisição tem como objetivo principal ampliar o acesso do consumidor financeiro a conteúdos e educação financeira. Os valores da compra não foram revelados.
No exterior, a principal compra foi da Siemplify pelo Google na última terça-feira, 4. De acordo com a Reuters, US$ 500 milhões foram desembolsados com a aquisição. Com o investimento, o time da startup israelense adquirida focará na melhoria de ferramentas de segurança, orquestração, automação e resposta (SOAR) do Google Cloud.
Destacam-se ainda: a compra da Vesper Marine pela Garmin com foco em expansão da comunicação marítima; a American Tower completou a fusão com a CoreSite; e a conclusão da venda da MoPub do Twitter para a AppLovin por US$ 1 bilhão.
Aportes
Em investimentos em startups, a principal novidade veio da Facily, que recebeu US$ 135 milhões em uma extensão da rodada de Série de D (D-1) em dezembro. Com capital de Goodwater, Rise Capital, Emerging Variant, Tru Arrow e Prosus, a rodada reforça os investimentos em logística e experiência do cliente. Vale lembrar que a companhia teve diversos problemas ao longo de 2021 com entrega de pedidos e precisou firmar um acordo com o Procon-SP para indenizar clientes, diminuir as reclamações e criou um fundo de R$ 250 milhões para reparar danos aos clientes.
Em outra frente, a fintech de crédito SuperSim recebeu R$ 25 milhões em uma rodada de Série A liderada pelo IDC Ventures. O montante entra na companhia para ajudar em seu crescimento de carteira, equipe e para a criação de uma plataforma de tecnologia e novos serviços.
No exterior, o destaque foi a Tencent investindo no banco digital inglês Monzo Bank. A companhia chinesa participou de uma rodada avaliada em US$ 600 milhões que contou também com Abu Dhabi Growth Fund. Com 5 milhões de usuários, a companhia está em expansão e recentemente fez um acordo com o banco digital N26 para atrair seus clientes nos Estados Unidos, pois o banco alemão finalizou sua operação naquele país.
Fintechs
No segmento financeiro, destacam-se ainda: o começo do Pix Saque, com 22 mil estabelecimentos que operam como correspondentes bancários do Bradesco em 27 de dezembro; a parceria da QSaúde com o RecargaPay a partir do começo de 2022 dando cashback de 100% na primeira mensalidade do seguro saúde se a pessoa trouxer outro cliente (member get member); e o Nubank avançando em seu marketplace com dez novos parceiros em vestimentas (Fashion) e novos comerciantes nas áreas de games, animais de estimação e turismo.
Estratégias em tecnologia
Ainda vale destacar outros recordes e avanços de tecnologia, como:
- Sem Parar termina 2021 com 6 milhões de clientes, 2 mil estacionamentos e 1 mil postos de combustíveis cadastrados em sua base;
- A Turbi terminou o ano com R$ 50 milhões de receita, 127% de aumento ante R$ 22 milhões, 1,5 mil veículos para serem alugados, e 500 mil viagens realizadas desde seu começo em 2017;
- A distribuidora Allied firmou uma parceria com a rede de Lojas Torra para oferecer celulares, tablets, acessórios e serviços na varejista. Inicialmente, dez lojas da Torra no estado de São Paulo terão os produtos;
- A Compass criou o Blockchain Innovation Studio, uma unidade de negócios focada em criar iniciativas nacionais e internacionais de blockchain nos setores de finanças, indústria, tecnologia e fármacos.
