Os pagamentos móveis estão se tornando gradativamente mais comuns no Brasil. A IDC prevê que este ano 30% das transações financeiras realizadas no País acontecerão através de dispositivos móveis. Foram classificadas como transações financeiras todas aquelas feitas pela Internet, dispositivos móveis, caixas eletrônicos, telefone ou na boca do caixa. Pagamentos em dinheiro não estão computados no total. Estão contadas como transações móveis todas aquelas feitas em smartphones e tablets através de aplicativos de bancos ou de cartões de crédito, assim como pagamentos com mPOS e pagamentos com cartão de crédito feitos dentro de aplicativos, tais como aqueles de táxi. Não foram considerados, contudo, serviços de dinheiro móvel, como Zuum.
Para ter uma ideia da crescente importância dos dispositivos móveis no setor financeiro, em 2012, apenas 2% das transações financeiras do País aconteciam em celulares, smartphones ou tablets. Em 2013, subiu para 5%. Em 2014, chegou a 10%. Os números do ano passado ainda não foram fechados, pois a IDC aguarda um balanço do Banco Central.
"Houve primeiro uma migração de métodos presenciais para não presenciais com o call center, o telefone e a Internet. E hoje há um segundo movimento, transferindo as movimentações de ATM e Internet para dentro de aplicativos móveis, porque é mais barato ainda. Faz sentido financeiro para os bancos, que gastam menos com essas operações. E é melhor para o cliente, porque é mais fácil de usar", comenta João Paulo Bruder, gerente de telecom da IDC. "A mobilidade é boa para todo mundo: é menos papel moeda circulando, menos caixa eletrônico sendo explodido, mais rastreabilidade do dinheiro e menos risco para as partes envolvidas", acrescenta.
Entre os fatores que promovem o crescimento das transações financeiras móveis, o analista cita o avanço do 4G, a popularização dos smartphones e as vendas de aparelhos com NFC, para pagamentos por proximidade.