O Fairphone é um smartphone criado por ativistas europeus no qual a origem de todos os componentes foi exaustivamente investigada, de forma a garantir que sua procedência não envolva a destruição do meio ambiente e nem a exploração ilegal de trabalhadores. Sua primeira versão foi um sucesso, com 25 mil unidades vendidas e projeção de ultrapassar a marca de 30 mil neste verão. É um número pequeno em comparação com os grandes fabricantes, mas pode ser considerado um feito por se tratar de um projeto sem fins lucrativos. Agora, a turma por trás do projeto planeja o Fairphone 2, com lançamento previsto para 2015. Claro que haverá novidades em termos de capacidade de hardware, mas o que seus criadores miram é ter ainda mais controle sobre o processo de fabricação. "Queremos mais liberdade na escolha do formato, do design, da tela e do chipset", disse Pedro Cardoso, sênior designee de interface com usuário da portuguesa Kwamecorp, uma das idealizadoras do Fairphone.
O sucesso do Fairphone foi tão grande que o projeto conseguiu bancar um stand no Mobile World Congress (MWC) este ano, em parceria com a Kwamecorp. É possível que a segunda versão do aparelho venha com os serviços do Google embarcados, como acontece com a maioria dos smartphones Android. Na primeira versão foi criado um link para o download dos apps, porque a Google não autorizou seu embarque no Fairphone. Executivos da gigante norte-americana estiveram no stand do projeto este ano em Barcelona e reconheceram que podem flexibilizar essa postura para as próximas versões, relatou Cardoso.
A primeira versão do Fairphone tem Android 4.2, tela de 4,3 polegadas, chipset quadcore da Mediatek, 1 GB de RAM, câmera traseira de 8 MP e frontal de 1,3 MP, conectividade HSPA+, e entrada para dois SIMcards. Vendido pela Internet por 325 euros, cada Fairphone vem com uma numeração única, personalizada, como mostra a foto acima. O produto está disponível para entregas apenas na Europa.