A TLC apresentou recentemente duas versões de protótipos do que podem ser smartphones que aumentam de tamanho de acordo com a vontade do usuário, porém com uma visão ainda mais futurista, ou a próxima geração de handsets dobráveis. A primeira delas é um celular expansível com uma tela que desliza. Ou seja, ele é um aparelho normal, mas que pode crescer e quase dobrar de tamanho por conta de um mecanismo que expande a tela. Ou, como o site The Verge comparou: tal qual uma mesa de jantar, com uma segunda tela que desliza por baixo da primeira. O outro protótipo é um dobrável, mas com a diferença de ser dobrado em três partes no lugar das “normais” duas. Neste caso, o usuário pode optar por usá-lo normalmente, como um handset, expandir para dois terços da tela ou transformá-lo em um verdadeiro tablet.
Os modelos são estudos da TCL, que ainda não confirmou se vai desenvolver produtos a partir desses protótipos.
Trifold
O dispositivo capaz de ser dobrado em três partes possui uma tela inicial de 6,65 polegadas e pode ser expandida até um tablet de 10 polegadas. A prova de conceito que circula pela Internet possui três baterias, o que torna o dispositivo bastante pesado – apesar de não divulgarem esses detalhes – e pouco funcional. Mas é possível abrir o calendário e ampliar o modo de leitura, começar a ver um filme com dois terços da tela e depois abrir mais, ou dobrar uma das partes do celular e usá-la como suporte para colocá-lo sobre uma mesa, por exemplo.
Sua tela possui dois tipos de dobradiças de metal (o que deixa o handset ainda mais pesado): a primeira delas usa a DragonHinge, tecnologia da própria TCL, e a outra usa ButterflyHinge. Juntas, elas compõem duas dobras niveladas.
De acordo com o site The Verge, a empresa chinesa está experimentando diferentes formatos e conceitos de smartphones dobráveis e nada sugere que eles fechem com essa opção.
Mesa de jantar
O outro protótipo que começou a circular nesta quinta-feira, 5, é o smartphone que conta com uma tela escondida e, para aparecer, o usuário precisa puxar um mecanismo e ela desliza. As imagens dele vazaram no site da CNET. Ao contrário de dispositivos que dobram ao meio como o Motorola Razr ou o Samsung Galaxy Fold, as imagens mostram um telefone que parece funcionar como uma mesa de jantar extensível, com uma segunda tela que desliza por baixo da primeira. De acordo com fontes da CNET, a TCL estava planejando exibir o telefone no MWC, antes que a feira fosse cancelada por conta do novo coronavírus.
Delírio ou realidade?
Ainda existem os principais problemas mundanos que afetam todos os dispositivos dobráveis: durabilidade e preço. Mesmo para uma unidade de protótipo, o dobrável em três partes parece frágil de usar, e adicionar uma segunda dobradiça significa que agora existem o dobro de pontos para uma possível falha. Há também a questão do preço: se os telefones dobráveis atuais já ultrapassarem a marca de US$ 1.500 – lembrando que, no Brasil, o Galaxy Fold está à venda por R$ 12.999 –, imagine quanto um telefone com duas dobras pode custar.