Na esteira do lançamento dos novos chipsets Xeon 6, incluindo um voltado para a virtualização de redes de acesso de telefonia móvel (vRAN), a Intel percebe um movimento por parte das operadoras latino-americanas em direção a esse tipo de arquitetura. De acordo com o diretor de telco e empresas digitais da Intel, Juan Casal, há conversas em andamento na região com algumas teles, e as primeiras implementações devem acontecer no ano que vem.
Para o executivo, a virtualização da rede de acesso é complementar ao investimento em redes 5G stand-alone porque as tornam mais flexíveis e versáteis, podendo receber novas capacidades que melhoram a sua operação e reduzem seus custos.
“Com vRAN é mais fácil atualizar e programar novas funcionalidades”, comentou, em conversa com Mobile Time, durante o MWC25 (Mobile World Congress), em Barcelona, nesta quarta-feira, 5. Casal deu como exemplo a possibilidade de adoção de aplicações com inteligência artificial, como uma que identifique padrões de tráfego e consiga automatizar certos parâmetros, como o potência de sinal em cada célula, para reduzir o consumo de energia em períodos ociosos.
“Hoje, 25% do Opex de uma operadora vem de energia elétrica. E desse total, 80% é gasto com RAN”, afirmou.
Intel: transparência na cadeia de suprimentos e novos chips para AI PCs
A Intel anunciou nesta quarta-feira, 5, durante o MWC25 (Mobile World Congress), em Barcelona, seu Programa de Cadeia de Suprimentos Assegurada, ou “Assured Supply Chain (ASC)”, no original em inglês. A ideia é que seus clientes possam acompanhar a produção e processo logístico de cada chip adquirido – vale para alguns modelos específicos de SoC de Intel Core Ultra.
Além disso, a empresa lançou novos chipsets da linha Intel Ultra Core para AI PCs: Intel Core Ultra 200U, 200H, 200HX e 200S. Os novos processadores atendem desde dispositivos finos e leves até estações de trabalho de alta performance.
Foto no alto: Juan Casal, da Intel, no MWC25 (Crédito: divulgação)
