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Painel com participantes de NLT, Huawei, Telefónica e Neoenergia (crédito: Marcelo Kahn)

O mercado de Internet das Coisas brasileiro com conectividade privada pode ser dividido em duas partes: aquele das grandes companhias e aquele das de porte médio. Para essas últimas, André Martins, CEO da NLT, alertou durante painel no Fórum de Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Time nesta terça-feira, 5, que faltam integradores de serviços e conectividade para os apoiar.

“Por falta de alternativa no mercado, nós somos os integradores dos nossos clientes. No mundo dos grandes projetos, sobra integrador. Mas no mundo real, dos médios, o integrador não chega lá. O desafio para ele é atender esse mercado com custo que possa viabilizar o projeto, especialmente em IoT, que falamos de dispositivos, redes híbridas e plataformas integradas”, disse o executivo.

Para Diego Aguiar, diretor de operações da Telefónica Tech, há espaço para grandes e médios. Contudo, o especialista acredita que é preciso dividir em dois universos: “Para um cliente muito grande, é projeto, pela complexidade na ponta. Para o médio, nós vemos mais como oferta de produtos, pois o operacional não é tão crítico para o modelo dele”.

Conectividade

Marins explicou ainda que o mercado em IoT precisa de entrega completa com a rede pronta para os dispositivos conectados: “O cliente precisa resolver o problema e ter uma solução que caiba em seu bolso. O cliente não quer ser o gerenciador de telecomunicações. No passado, nós tivemos companhias que foram para frente e se tornaram operadoras, levaram prejuízo e agora querem voltar para o terceirizado”, disse o CEO.

“No nosso caso, nós entregamos o NaaS (Network as a Service). Ele tem a rede, mas não precisa operacionalizar os equipamentos de rede. O que fornecemos para o cliente é conectividade agnóstica”, completou.

Por sua vez, Carlos Roseiro, diretor de soluções integradas da Huawei, lembrou que sua companhia vê que há uma evolução na conectividade para redes para essas empresas entrarem e terem menos custos, ao evoluir de um modelo de core singular caro para um modelo de core distribuído mais barato. A partir deste formato, o profissional da fornecedora acredita que é possível escalar as redes privativas.

“Na questão da escala, nós podemos falar que existe a rede privativa 1.0 e 2.0. O 1.0 era isolado e o custo era alto. O que a Huawei vê a partir de Barcelona (MWC 22) é a rede privativa 2.0, que surge em um core de rede distribuído (kite lite core)”, disse.

Fórum das Operadoras Inovadoras 2022

O evento organizado por Mobile Time e Teletime continua nesta quarta-feira, 6, com painéis sobre MVNOs e diversificação dos negócios dos ISPs. O dia contará ainda com diversas sessões especiais sobre IoT, Wi-Fi 6E, entre outras, e com a participação de executivos de empresas como Stellantis, Arqia, Cisco, Surf Telecom, Nomo, Um Telecom, Vero, Neo, dentre outras.

Mais informações sobre o Fórum das Operadoras Inovadoras 2022 aqui.

 

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