Tigo, Airtel e Zantel, três das quatro maiores operadoras móveis da Tanzânia, fecharam um acordo de interoperabilidade para seus serviços de m-wallet. A partir do fim de junho, assinantes das três teles poderão realizar transferências financeiras entre si através dos celulares, por meio dos respectivos serviços de m-wallet de cada operadora. Ficou de fora, porém, a operadora líder no serviço de m-wallet do país africano, a Vodacom, criadora do m-Pesa, um dos mais emblemáticos cases de carteira móvel do mundo.

Análise

O acordo de interoperabilidade é o primeiro do gênero na África, segundo a imprensa internacional. Até então, os serviços de m-wallet estavam sendo usados nesse continente como maneira de evitar o churn dos assinantes.

A interoperabilidade provavelmente vai ajudar a popularizar ainda mais o uso do celular enquanto carteira. Foi o que aconteceu com o SMS. Antigamente, o serviço de troca de mensagens de texto funcionava apenas entre usuários de uma mesma operadora. A partir da interoperabilidade, o tráfego de mensagens no Brasil, por exemplo, cresceu 30%.

No Brasil, os serviços de m-wallet ainda não são interoperáveis. Os principais existentes hoje são Vivo Zuum, Claro Meu Dinheiro e Oi Carteira. Pelas regras estabelecidas pela Banco Central, porém, eles precisarão se integrar e viabilizar transferências entre clientes de diferentes operadoras no futuro.

 

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