|Mobile Time Latinoamérica| A América Latina ainda tem 250 milhões de pessoas desconectadas da Internet móvel. Desse total, 40 milhões vivem em áreas sem cobertura 3G, 4G ou 5G. E outras 210 milhões contam com cobertura, mas não têm uma linha móvel por causa do custo ou de outras questões sociais e econômicas. Os dados foram apresentados pela GSMA durante o evento M360, nesta quarta-feira, 9, na Cidade do México.
“É um problema da indústria e do governo. Todos deveriam ter acesso à Internet móvel. Não podemos deixar ninguém para trás”, disse Mats Granryd, diretor geral da GSMA.
Mas nem sempre a cobertura ou custo são os culpados. No México, estima-se que 13 milhões de pessoas não usam Internet móvel por falta de letramento digital. Isso representa metade dos 25 milhões de mexicanos sem conectividade móvel, disse Javier Juárez Mojica, comissário do Instituto Federal de Telecomunicações (IFT), presente no evento.
Mojica lembrou, contudo, que houve grande avanço na base de usuários de banda larga móvel no México nos últimos dez anos: entre 2013 e 2023, essa base cresceu cinco vezes, passando de 27,4 milhões para 121,3 milhões.
México e residências conectadas
Na banda larga fixa do México ocorre o mesmo. Embora a penetração do serviço tenha crescido muito nos últimos anos, ainda está aquém do desejado. Entre 2010 e 2022, o percentual de residências mexicanas com Internet subiu de 22% para 70%, disse Florencia Franco Fernandez, diretora geral do Ministério da Fazenda do México. Entretanto, ela lembrou que o país ainda está muito abaixo da média da OCDE, que é de 90%.
Imagem no alto: Mats Granryd, diretor geral da GSMA, no M360 (Crédito: Fernando Paiva)