Uma pesquisa com 85 CIOs de diferentes empresas de médio e grande porte do Brasil (acima de R$ 500 milhões) revela que 69% deles usam o low-code e 31% têm interesse em usar. Apresentada durante o OutSystems Brazil Summit nesta quarta-feira, 5, a amostra demonstra ainda que 54% das empresas da amostra têm pelo menos R$ 53 milhões de orçamento para investir na tecnologia de baixo grau de codificação em 2024.
Encomendado pela OutSystems junto à 4Network, o estudo revela ainda que 24% dos projetos de low-code das empresas serão voltados à automação de processos, 15% para aplicativo móvel e 13% para uso da área de negócios. Nota-se ainda que apenas 2% dos projetos de low-code das companhias na amostragem são em sistemas críticos das companhias.
Para Carlos Sapateiro, country leader da OutSystems no Brasil, há poucos projetos de sistemas críticos por fatores como comportamento cultural e pelo fato de que muitos gestores se “sentem ameaçados pela tecnologia de low-code”, o que demonstra uma necessidade de educar o setor para os benefícios do low-code, como aumento da produtividade, escalabilidade e redução de custos na operação.
Por sua vez, Rodrigo Soares, solution architect da OutSystems na América Latina, afirmou que este é o retrato do “grau de maturação das empresas” com o low-code no Brasil, uma vez que preferem usar primeiro a tecnologia de codificação simplificada em automação, app e internamente, pois é onde o usuário (interno e externo) sente mais dificuldades.
Demandas e desafios
O estudo revela ainda que quem busca o low-code para operações empresariais quer agilidade no desenvolvimento de aplicações (18%), aumento de produtividade (12%) e aceleração do ciclo de vida de desenvolvimento (9%).
Os CIOs entrevistados focam em melhoria da eficiência operacional (20%), aumento de receita (18%) e redução de custos (14%); além de citarem como principais desafios as demandas de negócios em backlog (18%), as complexidades de integração de sistemas (15%) e os ciclos de desenvolvimento lentos (12%).
Sapateiro ressaltou que os desafios acontecem principalmente pela necessidade de atualização de sistemas legados, arquitetura legada antiga e mal desenhada e falta de adoção de um roadmap para acompanhar as novas tendências. Também afirma que existe a demanda por mais testes de produtos viáveis (MVPs) e hipóteses com mais agilidade, o que dá oportunidade para o low-code avançar nas empresas.
Imagem principal: Carlos Sapateiro, country leader da OutSystems no Brasil (divulgação: OutSystems)