Uma alimentação equilibrada, aliada a exercícios físicos e à manutenção do peso correto, de acordo com idade e altura, são fundamentais para a prevenção de câncer. Pensando em auxiliar as pessoas para enfrentar esses desafios, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) desenvolveu o aplicativo Armazém da Saúde (Android, iOS), lançado nesta quinta-feira, 5, no Google Play, por enquanto. O app funciona como um mercado, no qual o usuário simula compras de alimentos. Ao final da escolha dos itens, o app apresenta uma série de informações sobre o conteúdo do carrinho e fornece sugestões para atingir o objetivo de uma vida mais saudável. Caso interesse, o usuário poderá compartilhar o resultado de suas compras nas redes sociais.
Receitas
Ao terminar sua lista de compras, o usuário saberá, por exemplo, que ao selecionar frutas, legumes e verduras, ele está no caminho certo para a prevenção de câncer, e receberá os parabéns. No entanto, caso tenha entre seus itens alimentos processados, como linguiça, salsicha ou presunto, o app irá sugerir que, nas próximas compras, não leve o item para a despensa, já que são alimentos que favorecem o desenvolvimento da doença.
“Caso a pessoa insira em seu carrinho de compras alimentos ricos em açúcar, conservantes, sódio, ou que sejam refeições prontas, o app alerta de que não são itens saudáveis e que eles favorecem a obesidade e o desenvolvimento de câncer”, explica Luciana Maya, nutricionista da área técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer do Inca.
O aplicativo também sugere receitas. Ao todo, serão disponibilizados 80 pratos com alimentos de diferentes regiões do País e que poderão ser encontrados subdivididos por categorias, como “merenda escolar”, “jantar com os amigos” e “almoço em família”, por exemplo. As dicas também serão apresentadas ao usuário do app a partir do que ele colocou em sua cesta de compras.
Gamificação
A partir da segunda quinzena de julho, o app receberá sua primeira atualização e terá elementos de gamificação, com sugestões de missões e desafios a serem realizados. O usuário poderá, por exemplo, consumir alimentos que estejam em sua prateleira. Caso o item consumido seja saudável e bom para a prevenção de câncer, ele ganhará força, caso contrário, ficará fraco.
A gamificação ajudará também no incentivo a práticas mais saudáveis. Para isso, o usuário terá que descrever suas práticas alimentares (o que come, com que frequência, etc.) e atividades físicas. A partir das informações, o app propõe missões para que o usuário possa melhorar, como aumentar a ingestão de frutas, legumes e verduras. Caso a pessoa complete a missão, o avatar fica mais forte.
Público-alvo
“Primeiro, fizemos um site, em seguida, passamos a produzir vídeos sobre saúde. Também produzimos material técnico para profissionais ligados à saúde. Agora é a vez do aplicativo, mais um artifício nosso para levar a informação às pessoas. Neste caso, queremos atingir a população como um todo. Achamos que, primeiramente, chegaremos ao jovem adulto, usuário de smartphones e aplicativos. Uma de nossas missões é promover e fazer com que a população reconheça que o câncer é uma doença que está relacionada aos alimentos que comemos”, explica Maya.
Como o app foi desenvolvido pela área técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer do Inca, apenas esses aspectos são abordados. Propensão genética, tabagismo ou outros influenciadores do desenvolvimento da doença não fazem parte do aplicativo, muito embora, no app, o usuário possa se dirigir ao site da instituição e procurar outras informações a respeito da doença. Para isso, basta clicar no ícone do ponto de interrogação.