A Qualcomm firmou uma parceria com o governo de São Paulo para implementar cursos de robótica com foco em Internet das Coisas (IoT) em dez escolas públicas das regionais Sul 1 e Sul 3, na Zona Sul de São Paulo. A ação batizada de Robolab, que também envolve Secretaria da Educação e Grupo Unido+, deve abranger 450 alunos do ensino fundamental II e ensino médio.

“Esse projeto oferece uma janela de oportunidades para os nossos estudantes, traz sentido para suas vidas em sala de aula e ainda pode crescer para outras regiões do estado”, disse José Cury Neto, secretário de educação. “Uma pesquisa interna da secretaria mostra que, para os alunos, a escola atual é chata e não os prepara para o futuro. Essa geração não liga para carreira ou currículo, eles preferem algo que faça a diferença, que faça sentido em suas vidas. Mesmo se ganharem menos”.

A parceria entre o governo estadual e a empresa dura um ano. Em sua primeira parte, realizada até o meio deste ano, teve treinamento dos professores e adequação das salas de aula. Agora, os alunos passam a participar das aulas e, no fim do curso, apresentam um projeto de robótica. As escolas no projeto são: José Duarte Jr., Paulino, Mario Lopes Leão, Maria Juvenal, Santo Dias, Pastor, Artista Plástico, Heloísa Carneiro, Villalva e Clóvis de Oliveira.

“Já fizemos o treinamento dos professores e agora vamos entrar com montagem dos laboratórios e as aulas para os estudantes”, disse Steinhauser. “No entanto, em outubro tem eleições e o governo pode mudar, assim como o projeto pode não ir adiante. Ainda assim, para nós, a educação é algo de longo prazo.”

Estudo

O programa em si entra como uma série de workshops que serão ministrados por professores que se voluntariaram para participar do programa. Durante o curso, os alunos aprenderão a programar e desenvolver com placas Arduino, conhecidas para o desenvolvimento de soluções em IoT. O restante do material de aula contará com notebooks da Positivos, projetores, modem de Internet 3G/4G (dongles) e um kit de robótica.

De acordo com Jacqueline Lee, diretora de marketing e comunicação da Qualcomm, a ideia é que os alunos passem a ter este tipo de aula na grade curricular, do mesmo modo que aconteceu na Inglaterra dez anos atrás. Ela, que colaborou para o desenvolvimento do projeto, e ajudou a montar workshops com o Instituto Crescer, explicou que o curso deve terminar em 13 de novembro. Nas 12 oficinas, os alunos vão aprender ainda sobre pensamento computacional, elétrica e eletrônica básica e design thinking.

A ideia do presidente da Qualcomm na América Latina e do secretário de educação, José Cury Neto, é que o programa seja expandido futuramente para outras regiões do estado, quiçá, o estado todo.

Dificuldades

O Robolab ainda terá um parceiro de conectividade, uma operadora, que não pôde ser revelada durante o lançamento do projeto nesta quinta-feira, 5. De acordo com Steinhauser, durante o desenvolvimento do projeto, a conectividade, base para o programa, foi um dos principais problemas. Das dez escolas escolhidas, quatro não tinham conectividade móvel.

Conversando com as operadoras, a Qualcomm conseguiu adicionar cobertura para três delas. O secretário Cury enfatizou que este é um problema recorrente, em especial em regiões mais distantes. No entanto, ele enfatizou que apenas 27 escolas das 4,5 mil unidades da rede estadual não têm qualquer tipo de conexão, a maioria possui Wi-Fi.

 

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