A produção da indústria eletrônica brasileira recuou 8,1% durante os primeiros cinco meses de 2019 frente ao mesmo período do ano passado, revelaram dados do IBGE agregados pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Com a pressão, a produção do setor eletroeletrônico experimentou retração de 2,9% até maio, uma vez que a área elétrica teve avanço de 2,4% no intervalo.
Na comparação de maio com o mesmo mês de 2018, tanto o setor eletrônico (alta de 5%) quanto o elétrico (16,4%) ampliaram a produção, perfazendo alta de 10,7% no agregado. Entretanto, a Abinee nota que “este resultado está influenciado por uma base de comparação fortemente prejudicada pela greve dos caminhoneiros em maio de 2018”. Frente a abril, a produção eletrônica cresceu 0,4%; e a elétrica, 3%, totalizando 1,4% (com ajuste sazonal) no agregado dos dois segmentos representados pela Abinee.
“A essa altura do ano, já esperávamos um ambiente mais seguro e com maior previsibilidade para reverter o quadro de retração e falta de confiança na indústria”, afirmou o presidente da entidade, Humberto Barbato. No setor eletrônico, entre as principais razões para a queda na confiança estão as dúvidas em torno da revisão da Lei da Informática e recentes movimentos do governo como a Portaria 309, que alterou a forma de concessão e contestação de ex-tarifários.