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O volume de mensagens trocadas por dia por bots criados pela Mutant no WhatsApp aumentou sete vezes em um ano, passando de 5 milhões para 35 milhões, informa Caio Sergio, vice-presidente de vendas e operação para a América Latina da empresa. “A geração mais jovem só fala pelo WhatsApp”, comenta o executivo, em conversa com Mobile Time.

O crescimento do WhatsApp foi puxado pela maior demanda de empresas por esse canal, pela crescente automação do atendimento durante a pandemia e por contratos importantes assinados pela Mutant. O executivo cita o exemplo da Caixa Econômica, que contratou a Mutant para ajudar no atendimento a solicitantes do auxílio emergencial. “Implementamos o projeto em uma semana, quando o normal seria levar meses. No pico, chegamos a registrar 20 milhões de mensagens em um único dia, em maio do ano passado”, relembra. 95% dos atendimentos para a Caixa no projeto são feitos de forma automatizada, e o restante, por humanos, sob gestão da Mutant, que chegou a ter 20 mil pessoas atendendo o banco no primeiro mês do projeto.

América Latina

A marca Interaxa, da empresa argentina adquirida pela Mutant quase dois anos atrás, está sendo descontinuada, em favor daquela da sua controladora. Assim, o grupo passa a atuar de maneira unificada com a marca Mutant em 15 países da América Latina. 

No momento, cerca de 70% do faturamento da companhia se concentra no Brasil e 30% vêm do restante da região. A meta de Sergio para os próximos dois anos é dobrar a participação de fora do Brasil na receita da Mutant. Para tanto, tem o desafio de convencer os potenciais clientes nos outros países a aceitarem o modelo de negócios da Mutant que vem dando certo por aqui, baseado em taxa de sucesso: a empresa é remunerada com uma participação sobre o resultado que entrega, seja em novas vendas ou redução de custos, por exemplo, o que é definido a cada projeto. “Preciso entender muito bem o negócio do meu cliente”, comenta o vice-presidente da Mutant.

Paralelamente, estão sob avaliação as aquisições de mais três empresas de chatbots na região: uma no Chile, uma no Peru e uma no México. “Todas são empresas que podem somar dentro da jornada e do ecossistema existente”, afirma Sergio.

O projeto de abertura de capital, por enquanto, fica em stand-by. A ideia era fazer o IPO até 2023, mas o grupo optou por priorizar as novas aquisições. “Temos grande espaço para crescimento orgânico e não orgânico. Acho que vamos voltar a pensar nisso (IPO) no final do ano que vem”, prevê.

 

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