| Publicada no Teletime | A Oi voltou a confirmar interesse em participar do leilão do 5G, especificamente na faixa de 26 GHz. O presidente da operadora, Rodrigo Abreu, destacou nesta quinta-feira, 5, que a disputa é uma possibilidade, uma vez que ainda é necessário conhecer as condições finais do edital, atualmente em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Obviamente o interesse da empresa não é a prestação do serviço móvel, uma vez que a unidade Oi Móvel aguarda aprovações regulatórias para a venda para a Claro, TIM e Vivo. Abreu afirmou que, juntamente com a InfraCo – agora chamada de V.tal -, a ideia seria fornecer acesso fixo-móvel (FWA) de maneira complementar à oferta de fibra até a residência (FTTH).
“Como empresa de infraestrutura, nada mais natural do que considerar, até antecipando a prestação do serviço em lugares onde existe interesse, mas a fibra ainda não chega”, afirmou o executivo em coletiva de imprensa online. Ele já havia mencionado a intenção de uso da faixa como backhaul.
Abreu diz que ainda é necessário conhecer as condições finais do edital, “inclusive de obrigações e investimento”. Contudo, a faixa de 26 GHz deverá ser colocada em licitação sem nenhuma obrigação, com todo o pagamento indo para a União. Vale lembrar que esse espectro de ondas milimétricas tem alcance muito mais reduzido do que das bandas médias e, por isso, sua aplicação é mais restrita.
Conforme explicou o presidente da Oi, o 5G também traz outras possibilidades para a Nova Oi (ou seja, a empresa reestruturada após venda da InfraCo e Oi Móvel) na prestação de serviços de infraestrutura por meio da V.tal. Isso inclui backhaul para conexão de antenas do 5G, além de iniciativas no mercado corporativo com redes privadas, com operações de Internet das Coisas, monitoramento remoto e indústria 4.0, entre outras.