O Brasil já possui mais de 100 milhões de dispositivos conectados, excluindo celulares e considerando apenas equipamentos para o segmento corporativo (como carros conectados, leitores de rede elétrica e aparelhos para gestão de frotas). Em 2023, esse número deve passar de 400 milhões. A projeção é da Frost & Sullivan. A companhia realizou mais de 200 entrevistas com executivos de empresas de diversas verticais (automotiva, saúde, energia, óleo e gás, tecnologia e telecomunicações, por exemplo), além de usar dados de pesquisas secundárias da Anatel, Aneel, Banco Central e outras associações.
A companhia de pesquisa acredita que a Internet das Coisas (IoT) corporativa alcançará faturamento de US$ 3,3 bilhões em 2021. Na divisão por segmentos, aquele que gerará mais receita é a manufatura, com 24%, que ficará à frente de automotivo (22%), cidades inteligentes (19,2%), utilities (11%), agricultura (4%) e saúde (3,2%). Com US$ 1,3 bilhão de receita em 2016, a área automotiva foi a que mais contribuiu com IoT industrial, 25%, seguida por manufatura (24%), cidades inteligentes (14%), utilities (11,5%), agricultura (3,4%) e saúde (2%).
Nota-se que o mercado que mais crescerá no período 2016-2021 é o de smart cities, cuja participação saltará de 14% para 19%. No entanto, o estudo da Frost & Sullivan acredita que o próximo biênio será o grande avanço das montadoras em IoT, como diz trecho de seu documento “É esperado que a indústria automotiva gaste mais em Internet das Coisas nos próximos dois anos, uma vez que veículos comerciais com telemática representou a maior parte do mercado de conexões M2M em 2016”.