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O tráfego de dados nas redes móveis do Brasil caiu cerca de 15% desde a segunda metade de março, com o começo da pandemia, em comparação com as primeiras semanas de fevereiro. Ao mesmo tempo, a velocidade média de download experimentada pelos usuários móveis do País melhorou cerca de 15% na mesma comparação. A explicação é que a quarentena reduziu a movimentação das pessoas e aumentou o consumo em redes Wi-Fi residenciais, liberando capacidade nas redes móveis. Em média, brasileiros agora passam 75% do seu tempo de conexão dentro de hotspots Wi-Fi. Os dados fazem parte de uma análise feita pela Opensignal divulgada nesta segunda-feira, 5.

De acordo com a empresa, foi verificada uma correlação direta entre a velocidade média de download e o tráfego móvel. Foram analisados dados de dezenas de países, e a Opensignal conseguiu dividi-los em três grupos, de acordo com o impacto da pandemia sobre as redes móveis.

O primeiro grupo é o de países onde houve aumento do tráfego de dados móveis e, consequentemente, uma queda na velocidade de download. Foi o que aconteceu em vários países emergentes a partir do lockdown, com destaque para Índia e Malásia, onde o tráfego cresceu entre 30% e 40%, enquanto a velocidade média caiu na mesma proporção. Esse grupo é composto por países com baixa penetração de redes Wi-Fi.

O segundo grupo, no qual se encontra o Brasil, é composto por países onde as restrições de deslocamento fizeram as pessoas usarem mais redes Wi-Fi em vez de redes móveis, proporcionando uma queda no tráfego móvel e uma melhora na velocidade média do download. Além do Brasil, isso aconteceu na Argentina e no México também.

Por fim, o terceiro grupo tem mercados nos quais houve pouca oscilação no consumo de dados móveis e na velocidade média de download. Em geral, são mercados desenvolvidos. A Opensignal cita como exemplos EUA, Suíça e Austrália.

 

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