A desoneração de PIS e Confins dos smartphones e outros dispositivos eletrônicos pode ser considerada boa para a indústria. De acordo com o diretor-geral da Intel no Brasil, Dave Gonzales, o fim da Lei do Bem – como é conhecida a isenção dos impostos nos handsets – pode garantir que os brasileiros passem a receber melhores produtos.
“Nem tudo é negativo. Com a Lei do Bem muitas empresas não traziam devices premium por não estarem dentro de sua faixa de preço”, disse Gonzales. O VP corporativo da Intel, Christopher “CJ” Bruno, acrescentou que a sua companhia acredita que os brasileiros devem ter acesso ao “melhor da tecnologia”.
Wearables
Outra área em que CJ Bruno falou com empolgação a jornalistas nesta quinta-feira, 5, durante o fórum de inovação da Intel, foi sobre os dispositivos vestíveis, wearables. “As tecnologias wearables estão explodindo. Você vê relógios, joias, luvas, jaquetas, pulseiras, brincos, anéis (…) Tudo que é vestível pode tornar-se inteligente”, afirma o VP da Intel. “Nós estamos no começo da ‘revolução wearable’. Ainda estamos entendendo como ela funciona e o que devemos dar aos consumidores”.
Mercado
Enquanto o mercado de smartphones cresce, o de PCs diminui, o que seria ruim para a Intel. Mas Bruno enxerga outro cenário. Para ele, ainda há oportunidade de a fabricante de processadores crescer com o setor de computadores e a explicação está em outro ponto nessa equação: a Internet, ou melhor, a falta dela. “A penetração mundial da Internet ainda é pequena. Com isso existe a oportunidade de crescer”, afirma o executivo norte-americano. “Nesses lugares (mercados emergentes), a penetração de PC também é baixa, sendo mais uma oportunidade de crescimento para fabricantes e desenvolvedores”.