O Leilão de 5G continuou nesta sexta-feira, 5, com a oferta de blocos de 200 MHz na faixa de 26 GHz. Dos dez lotes nacionais, que somavam 2 GHz de frequência, foram vendidos ao todo 1,2 GHz. A Vivo levou 600 MHz e Claro, 400 MHz, ambas com outorgas de 20 anos. A TIM comprou um lote de 200 MHz, mas com outorga de 10 anos. Isso significa que Claro e Vivo poderão explorar a frequência durante 20 anos em todo o território brasileiro, enquanto a TIM, por 10 anos. Ao todo, as três juntas se comprometeram a desembolsar por esses lotes R$ 291,122 milhões, com R$ 2,7 bilhões de compromissos. Ao todo, com os lotes nacionais, regionais e de outorgas de 20 e de 10 anos, as empresas apresentaram propostas que somam R$ 351,35 milhões por lotes da faixa de 26 GHz. Os compromissos para os vencedores desses blocos se referem a projetos de conectividade em escolas.
Nos lotes regionais, o destaque foi para a Algar Telecom, que levou 1 GHz de um total de 1,2 GHz oferecidos para a região onde atua (setores 3, 22, 25 e 33 do PGO). Ao todo a empresa mineira vai desembolsar R$ 5,344 milhões pelos por cinco lotes.
Outro ponto importante do leilão de 5G foi a entrada de duas novas empresas no mercado de telefonia móvel: Neko e Fly Link. Enquanto a Neko arrematou 200 MHz do bloco regional com outorga de 10 anos na região de São Paulo (exceto setor 33 do PGO) por R$ 8,5 milhões, oferecendo ágio de 50%, a Fly Link fez proposta para um lote da região dos setores 3, 22, 25 e 33 do PGO (área onde atua a Algar) por R$ 900 mil, com ágio de 11%.
A TIM, além de 200 MHz em um bloco nacional com outorga de 10 anos, comprou também seis blocos regionais, todos com 200 MHz cada. Na região Sul, foram dois lotes, um com prazo de 20 anos e outro de 10 anos. A mesma estratégia de arrematar um lote de 20 anos e outro de 10 anos foi seguida pela TIM nas regiões de São Paulo (exceto o setor 33 do PGO) e de Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais (com exceção do setor 3 do PGO). Desta forma, nessas três regiões, se somado o espectro do lote nacional, a TIM poderá explorar 600 MHz em 26 GHz. E no resto do País, 200 MHz. Por todos esses lotes a operadora ofertou R$ 74 milhões.
Deserto
Vale dizer que o leilão da faixa de 26 GHz, por ainda ser uma frequência pouco explorada no mundo e, portanto, com modelo de negócio indefinido, teve alguns lotes declarados como “desertos”, ou seja, que não receberam propostas. Ao todo, 71 lotes ficaram sem vencedores.
Durante a coletiva logo após o leilão, o ministro Fabio Faria informou que as faixas de 26 GHz que não foram arrematadas serão comercializadas em breve, nos mesmos moldes deste leilão e com os mesmos compromissos, conforme os interesses da Anatel.