Os aplicativos de compras e de utilitários em geral puxaram o crescimento do uso de smartphones em 2014 no mundo. É o que atesta um levantamento feito pela Flurry, empresa que monitora mais de 600 mil apps dos sistemas Android e iOS instalados em mais de 1 bilhão de smartphones ao redor do mundo.
A companhia mede o uso de um app pela sua quantidade de sessões, ou seja, de vezes em que ele é aberto pelo usuário em seu smartphone. Os aplicativos da categoria "estilo de vida e shopping" foram os campeões de crescimento, com aumento de 174% no número de sessões em 2014. Somente em Android, apps de shopping cresceram sozinhos 220%. Em segundo lugar veio a categoria de utilitários e produtividade, com crescimento de 121%. Em seguida: mensagens e redes sociais (103%); saúde e bem-estar (89%); viagem (89%); esportes (74%); notícias e revistas (49%); música, mídia e entretenimento (33%); e jogos (30%).
Na média, houve um aumento de 76% no uso de aplicativos móveis no mundo, na rede da Flurry. Em 2014 a empresa registrou 2,079 trilhões de sessões de apps móveis globalmente. Seu recorde em um só dia foi em 31 de dezembro, com 8,5 bilhões de sessões, por conta do grande uso de apps de comunicação e compartilhamento de conteúdo na virada do ano.
Análise
Os dados da Flurry indicam que os consumidores estão finalmente usando o smartphone como um verdadeiro assistente pessoal em atividades do dia a dia. O crescimento no uso de apps de compras revela também o maior investimento por parte de redes varejistas em sua presença móvel. O relatório da empresa cita o exemplo da Target, que recentemente declarou que o smartphone é a sua "nova porta da frente".
Enquanto isso, categorias de apps que fizeram sucesso no começo da Internet móvel, como jogos e entretenimento em geral, estão entrando em uma fase de maturidade, desacelerando seu crescimento. Por fim, os apps de mensagem e redes sociais, cuja explosão de uso marcou o ano de 2013, seguiram crescendo fortemente em 2014, puxados pelos mercados emergentes. Nesta categoria há também uma interseção com shopping, já que alguns serviços como Snapchat, Line e WeChat estão embutindo ferramentas de compras e transferências de valores.