Os 10 maiores compradores de semicondutores do mundo gastaram 7,6% a menos com chips em 2022. Pesquisa apresentada pelo Gartner, nesta segunda-feira, 6, aponta que estes OEMs (da sigla em inglês, Original Equipment Manufacturer) foram responsáveis por 37,2% do market share naquele ano.
A inflação global, a recessão e a baixa demanda por smartphones e outros dispositivos foram alguns dos fatores responsáveis pela queda, de acordo com Masatsune Yamajo, analista e diretor sênior do Gartner. Além disso, as políticas de tolerância zero à Covid-19 na China, onde grande parte dos chips são produzidos, ocasionaram um aumento no preço do componente, afetando a sua demanda.
Todas as dez companhias que mais gastaram com chips em 2021 foram as mesmas, em 2022. Apple e Samsung, respectivamente, permaneceram nas primeiras posições. Samsung e Sony foram os dois únicos OEMs que aumentaram os gastos com semicondutores. A primeira por não ter sido tão afetada pelas interrupções da produção na China e à sua liderança no mercado de smartphones dobráveis. E a segunda, principalmente por conta da alta demanda pelo PlayStation 5.
As outras empresas, que não pertencem às dez maiores compradoras de semicondutores, correspondem a 62,8% do market share. Elas gastaram US$ 377,7 bilhões com chips em 2022, um aumento de 7,1% em relação a 2021, quando o gasto foi de US$ 352,6 bilhões.
Confira a lista de empresas compradoras de semicondutores e os valores gastos:
- 1. Apple: US$ 67 bilhões (-2,6%)
- 2. Samsung: US$ 46,1 bilhões (+2,2%)
- 3. Lenovo: US$ 21 bilhões (-17,2%)
- 4. Dell: US$ 18,3 bilhões (-12,7%)
- 5. BBK Electronics: US$ 18,1 bilhões (-17,1%)
- 6. Xiaomi: US$ 14,6 bilhões (-19,4%)
- 7. HP: US$ 11,3 bilhões (-18,9%)
- 8. Sony: US$ 8 bilhões (+16,5%)
- 9. Hon Hai Precision: US$ 7,5 bilhões (-6,2%)
- 10. Outros: US$ 377,7 bilhões (+ 7,1)