| Mobile Time Latinoamérica | O governo mexicano busca reduzir a desigualdade digital com o CFE Internet para Todos, um programa ligado à aquisição da Altán Redes pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador. A iniciativa tem como objetivo levar conectividade às comunidades mais remotas e garantir que mais pessoas possam acessar serviços digitais, educação online e ferramentas de comunicação.
O projeto prevê um investimento de mais de US$ 46 bilhões em infraestrutura de transmissão e US$ 3,6 bilhões em distribuição, informou a secretária de Energia, Luz Elena González, durante a coletiva diária da presidente Claudia Sheinbaum.
CFE Internet para Todos oferecerá conectividade gratuita no México
A meta do governo mexicano é levar internet gratuita a mais de 97% do país e ampliar a cobertura de telecomunicações em milhares de localidades por meio do CFE Internet para Todos. Além disso, o plano busca expandir o fornecimento de eletricidade para mais de 500 mil lares que ainda não têm acesso ao serviço.
A diretora-geral da CFE, Emilia Esther Calleja, detalhou que atualmente há 3.824 torres de comunicação em operação, além de 108.607 pontos de Wi-Fi gratuitos e 27.284 quilômetros de fibra óptica implantados. Também foram instaladas cabines telefônicas em áreas remotas e pontos de internet gratuita em escolas e hospitais, permitindo acesso a serviços como a telemedicina.
O projeto prevê que, até 2030, 129 mil localidades terão acesso à internet, permitindo que mais pessoas se conectem. Além disso, por meio do programa “Conectividade para o Bem-Estar”, busca-se garantir que a conectividade deixe de ser um privilégio e se torne um direito de todos os mexicanos.
No entanto, ainda há dúvidas sobre a expansão do serviço em áreas urbanas. Sobre isso, a presidente Claudia Sheinbaum foi categórica: “O objetivo central do CFE Internet não é competir com as empresas comerciais nas cidades, mas levar conectividade a quem ainda não a tem. A prioridade é garantir que todas as escolas e hospitais do país tenham acesso à internet nos próximos seis anos”, afirmou.