Os brasileiros estão gostando de aprender através de seus telefones móveis. Com 4 milhões de usuários, o Brasil é hoje o maior mercado do busuu, app de curso de idiomas (Android, iOS). No mundo todo, o busuu tem 50 milhões de usuários, somando suas versões paga e gratuita – a empresa não revela a proporção entre elas. A cada dia, o app conquistar entre 30 e 50 mil novos usuários, o que representa em torno de 1,2 milhão a mais por mês. Nesse ritmo, a expectativa é de no mínimo superar a marca de 60 milhões ao fim de 2015, disse o CEO e co-fundador da busuu, Bernhard Niesner, que conversou com MOBILE TIME nesta semana, durante o Mobile World Congress (MWC), em Barcelona.

O busuu oferece cursos de mais de dez idiomas. Um dos seus diferenciais é o componente de rede social: os próprios estudantes corrigem os exercícios uns dos outros, em suas línguas nativas. Ou seja, um brasileiro que estuda inglês pelo busuu, por exemplo, pode corrigir exercícios de português de outros usuários. Segundo Niesner, cerca de 30 mil textos são corrigidos diariamente. O trabalho é voluntário. "Temos um usuário que já corrigiu sozinho mais de 100 mil textos", relata. Os mais participativos são os brasileiros, afirma.

Uma nova versão do busuu está em desenvolvimento e deve ser lançada dentro de seis meses. Nela será incluída a capacidade de personalização automática do curso, através de uma tecnologia de "adaptive learning". A plataforma aprenderá gradativamente sobre as preferências e interesses de cada aluno e ajustará o conteúdo do curso a isso. Desta forma, a taxa de retenção deve aumentar. Um dos maiores desafios de qualquer curso de idiomas, seja digital ou presencial, é justamente manter a motivação dos alunos, explica o executivo. "Os nossos alunos mais motivados pagam o curso por um ano, em média. Temos uma boa retenção depois que a pessoa passa da terceira unidade", comenta.

Operadoras

A busuu tem firmado parcerias com operadoras para a oferta do curso com desconto para o usuário e cobrança através do billing da tele. No Brasil, fez acordo com a Oi. E graças a uma parceria com a Millicom está disponível dessa maneira também em vários países da América Latina. Segundo Niesner, a divisão de receita com a operadora não é um problema. "Para a gente é uma receita incremental, pois as operadoras conseguem para o busuu assinantes que não conseguiríamos sozinhos. São clientes pré-pagos sem cartão de crédito", explica.

 

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