Atualmente, os países da América Latina destinam para serviços móveis, em média, 330,5 MHz. Isso representa apenas 25,43% do total de 1.300 MHz recomendados pela União Internacional das Telecomunicações (UIT) para essa finalidade em 2015. O problema é que a demanda por espectro segue aumentando mundo afora e a entidade recomenda que em 2020 os serviços de telefonia celular tenham ao seu dispor 1.720 MHz para que possam ser prestados de maneira satisfatória. Os números foram apresentados pelo diretor da 5G Américas para a América Latina, José Otero, durante o evento LTE Latin America, nesta quarta-feira, 6, no Rio de Janeiro.
"Estamos muito longe da recomendação da UIT. Mas é um assunto complexo. Não é fácil para os reguladores alocarem mais espectro. Tem que identificar quem utiliza cada faixa e limpá-la. Às vezes são as Forças Armadas", comentou Otero.
O Brasil é o país que lidera na região nesse aspecto. As operadoras móveis que atuam no País têm em suas mãos 542 MHz, ou 41,7% do recomendado pela entidade internacional. Em segundo lugar está o Chile, com 465 MHz, seguido por Nicarágua e Panamá, com 420 MHz e 418 MHz, respectivamente. O pior é El Salvador, com apenas 208,4 MHz destinados para telefonia móvel.