Prefeitura do Rio; Wi-F 6

Felipe Peixoto, coordenador de cidades inteligentes da prefeitura do Rio de Janeiro (crédito: Marcelo Kahn/Mobile Time-Teletime)

Os postes de iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro contarão com Wi-Fi 6E. A informação foi compartilhada por Felipe Peixoto, coordenador de cidades inteligentes da capital fluminense, durante sua participação no Fórum de Operadoras Inovadoras, evento organizado por Mobile Time e Teletime nesta quarta-feira, 6.

Peixoto disse ainda que dos 450 mil postes de fibra de vidro com luminárias de LED, 5,1 mil terão a rede sem fio, um aumento de 900 pontos na comparação com o informado a este noticiário em março.

Com um investimento estimado de R$ 1,4 bilhão para os próximos 20 anos, o projeto de iluminação pública da prefeitura do Rio de Janeiro terá ainda 10 mil câmeras com inteligência artificial embarcada, além de modernização dos semáforos e telegestão em 70% dos postes, algo que começa a ser feito a partir deste mês de abril e deve terminar até o fim do ano.

O arcabouço da iluminação pública do Rio de Janeiro foi feito pela RioLuz em parceria com a concessionária Smart Luz a partir de uma PPP (parceria público-privado).

Peixoto também confirmou que está em fase de estudo e substituição a utilização de sensores de bueiros inteligentes por outros que serão espalhados pela cidade. Entre a lista de sensores a serem avaliados, estão:

– Medidor de vento com medidor de temperatura e umidade;

– Medidor de chuva;

– Medidor de qualidade do ar;

– Medidor sonoro;

– Limitador eletrônico de altura;

– Medidor de contagem de ciclistas e pedestres;

– Alerta de faixas reversíveis com display de LED;

– Monitoramento de deslizamento e instabilidade do solo;

– Medidor de radiação UV;

– Monitoramento do nível do mar na costa.

Outra novidade que o coordenador da prefeitura carioca apresentou foi o fato de que a administração está se adaptando para receber a certificação de cidades inteligentes da ABNT, de forma similar ao que foi feito em São José dos Campos, cidade a 90 km de São Paulo.

Modelo de negócios

Com a PPP estabelecida, Peixoto explicou que a concessionária poderá lucrar com receitas acessórias à iluminação. Inclusive, os postes poderão ser usados para receber antenas 5G: “60% da arrecadação de receita acessória vai vir para a prefeitura. Além disso, o edital resolve um problemão do Rio de Janeiro: a administração dos dutos. Vamos permitir que a concessionária possa cobrar pela utilização desses dutos”, disse.

Outro tema debatido em sua apresentação é o papel da taxa de iluminação pública (COSIP) com a entrada do sistema inteligente, que, em teoria, trará redução no consumo de energia.

“Vamos entrar em uma discussão importante que é a redução do custo da COSIP. Com a modernização da iluminação pública, esse dinheiro arrecadado pelas prefeituras vai sobrar. Nós precisaremos alterar o artigo 149 (A)”, disse. “Como podemos utilizar o recurso que vai sobrar? Como podemos pegar esse recurso que está sobrando dentro do caixa da prefeitura? Basicamente, a mesma discussão que teve no Fust para diminuir a distância de conectividade, será preciso fazer na iluminação pública”, completou.

 

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