Oito governos estaduais e 13 prefeituras se cadastraram até agora para visualizar diariamente o índice de isolamento social fornecido pelas quatro maiores operadoras móveis (Claro, Oi, TIM e Vivo), com base em dados oriundos de suas redes. Os oito estados são: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. E as oito cidades são: Belém, Belo Horizonte, Campinas, Campo dos Goytacazes, Florianópolis, Juiz de Fora, Macapá, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Santo André e Teresina.

O índice de isolamento social calculado pelas operadoras consiste no percentual de linhas celulares que passaram o dia inteiro conectadas à mesma torre, o que indica que seu dono não se deslocou pela cidade naquele dia. Os dados são fornecidos pelas teles para a ABR Telecom, que é responsável por agregá-los e transformá-los em um painel com um mapa de calor, gráficos e o índice de isolamento social por cidade e por estado.

É importante ressaltar que cada governo consegue visualizar apenas os dados referentes à sua região. Ou seja, uma prefeitura recebe apenas os dados da sua cidade. Um governo estadual, por sua vez, consegue enxergar o índice de isolamento em cada uma das suas cidades e também o percetual agregado do estado inteiro.

O painel está acessível pela web somente para os representantes dos governos que tiverem uma chave de acesso. Quem acessa o painel não consegue manipular e nem baixar os dados.

Cadastro

A solução está disponível para os governos federal, estaduais e municipais – neste último caso, somente para capitais ou cidades acima de 500 mil habitantes. Trata-se de um universo de aproximadamente 80 governos que têm direito a solicitar acesso.

Para visualizar os dados, o primeiro passo de cada governo é acessar um site do projeto e enviar através dele um ofício do governador, prefeito ou ministro (no caso do governo federal) pedindo acesso à plataforma. Neste ofício devem ser indicados os nomes de até cinco servidores por ente governamental que receberão chaves de acesso. Em geral são secretários, membros do comitê de crise ou mesmo os próprios governadores e prefeitos. É necessário que cada um tenha um email “.gov”.

O passo seguinte é assinar um acordo de cooperação técnica e um termo de responsabilidade e de confidencialidade. A assinatura é feita de forma eletrônica no próprio site. Cabe reforçar que são contratos por adesão, ou seja, seus termos não são negociáveis. Feito isso, as chaves de acesso são distribuídas dentro de 48 horas. Então se consegue acessar a plataforma, que fica em outro ambiente na web.

Privacidade

Cabe reforçar que os dados são tratados de forma anônima e consolidada. Não há identificação individual.

“É simplesmente um contador de linhas. Não se sabe quem é a pessoa, qual é a operadora, nem qual é o número. Em nenhum momento haverá acesso ao celular”, explica Marcos Ferrari, presidente do SindiTelebrasil, entidade que representa as operadoras, em entrevista para Mobile Time. “É como se fosse uma catraca do metrô. As pessoas vão passando e ela vai registrando quantas entraram na estação. Ao fim do dia sabe-se quantas pessoas passaram ali, mas não quem passou”, compara.

Live

O presidente do SindiTelebrasil participará da live “Mobile big data no combate à pandemia”, que acontecerá no dia 14 de maio, com organização do Mobile Time. Também estão confirmados no debate: André Ferraz, CEO da In Loco; Fernando Bozza, pesquisador do Instituto D’or e chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Medicina Intensiva do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fiocruz; e Pedro Palhares, country manager da Moovit.

Para mais informações sobre o calendário de lives do Mobile Time e para reservar ingressos, ligue para 11-3138-4619 ou escreva para [email protected]

 

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