O vice-presidente do conselho da Samsung, Lee Jae-yong, disse que não passará o controle do conglomerado familiar (chaebol em sul-coreano) para seus filhos. Segundo a Associated Press nesta quarta-feira, 6, Lee afirmou que decidiu isso “há algum tempo”, mas estava relutante em falar sobre o tema. A resposta de Jae-yong acontece após um relatório da Samsung liderado pelo ex-ministro da Suprema Corte da Coreia do Sul Kim ji-hyung considerar que Lee deveria pedir desculpas pelas acusações de suborno e resolver os problemas de trabalho na empresa. Em sua visão, a decisão desta quarta-feira busca “acabar com as controvérsias sobre o processo de sucessão” da companhia. Ele explicou que não usará “brechas na lei ou fará algo que possa ser criticado” por falta de ética.
Em 2017, Jae-yong foi acusado de participar de um escândalo de corrupção e pagamento de propina para a então presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye. O intuito era facilitar ainda mais sua chegada ao comando da Samsung, uma vez que planejava unir duas empresas do chaebol. Geun-Hye foi retirada da presidência e cumpre dez anos de prisão. E o vice-presidente foi condenado a cumprir cinco anos de prisão, chegou a ficar preso entre 2017 e 2018, mas saiu após ter a sentença reduzida para 2 anos e meio. Em suas palavras, o executivo pediu desculpas, mas não relatou ter feito nenhum mal, embora o escândalo político tenha levado a população em massa às ruas e tenha causado a queda da presidente.