O Brasil é um dos países afetados por um rodada de demissões da Uber anunciada nesta quarta-feira, 6. No entanto, a empresa não informou quantas pessoas perderam seus empregos no País. A companhia enviou um documento à SEC, órgão norte-americano similar à CVM, que confirmou a demissão de 3,7 mil funcionários em suas unidades ao redor do mundo, ou seja, 14% dos 26,9 mil empregados que possui.
Em nota enviada para Mobile Time, a Uber informou que a decisão ocorre em razão da redução de receitas em corridas particulares. As viagens caíram em decorrência do isolamento social imposto por países para evitar a proliferação do novo coronavírus.
“Com menos pessoas realizando viagens, infelizmente a realidade é que não há atividades para muitos de nossos funcionários que trabalham com suporte direto a clientes. Como não sabemos por quanto tempo durará uma eventual recuperação, estamos tomando medidas para equilibrar nossos custos com o tamanho do negócio atual. É uma decisão difícil, mas correta, para ajudar a proteger a companhia no longo prazo e permitir que consigamos sair melhor desta crise”, diz a Uber na nota.
No documento publicado na SEC, a companhia espera que os custos com indenizações e outros benefícios cheguem a US$ 20 milhões. Outro resultado da rodada de demissões é a redução do salário-base do seu CEO, Dara Khosrowshahi, até o final do ano.
Esta é a segunda movimentação de cortes na operação da Uber nesta semana. Na última segunda-feira, 4, a companhia terminou com a operação do Uber Eats em oito países e sua subsidiária Careem também realizou demissões.