Um dos primeiros parceiros da empreitada do WhatsApp Pay no Brasil, o banco Inter (Android, iOS) espera que toda a sua base de clientes esteja habilitada para pagamento por WhatsApp em três meses. A informação foi confirmada por Ray Chalub, COO da fintech, em conversa com o Mobile Time.
“Entre dois e três meses, gostaríamos de ter toda base atendida com o WhatsApp Pay”, disse o executivo. “Assim como todos os emissores, nós (Inter) estamos seguindo as regras de lançamento do WhatsApp. Começamos com alguns milhares de clientes por dia. E vamos aumentando essa quantidade de clientes elegíveis diariamente, à medida que ganhamos na sua utilização”, completou.
Paralelamente, o banco trabalhará uma comunicação junto ao usuário para demonstrar que a tecnologia de pagamento é segura e simples. Sobre o trabalho de segurança em relação ao usuário, Chalub afirmou que reforçará para os seus correntistas terem duplo fator de autenticação no mensageiro, além de senhas fortes em seus smartphones e conta de e-mail.
Expectativas e Pix
Em relação às expectativas do uso do pagamento por WhatsApp, o COO prevê uma “adoção massiva” por parte de seu cliente e dos demais brasileiros, uma vez que, em sua visão, o consumidor nacional é um early adopter.
Quando questionado se o novo arranjo de pagamento pode puxar o aumento das transações eletrônicas na empresa, Chalub disse que a utilização de novas plataformas como Pix e WhatsApp são pilares importantes para o crescimento do banco, que dobra sua base de clientes ano a ano.
Por sua vez, em relação a uma possível canibalização do Pix pelo pagamento por WhatsApp, o executivo foi categórico: “De forma alguma. Vemos Pix e WhatsApp Pay como opções para os clientes terem melhor serviço. A existência de múltiplas plataformas de pagamentos instantâneos é algo muito positivo porque isso desencoraja a circulação do dinheiro em espécie, que é o objetivo de todos os players de mercado, inclusive do Banco Central”.
P2M e business
Chalub afirmou ainda que a parceria do WhatsApp com o Inter também envolve os pagamentos de pessoa a comércio (P2M), que não possui data de lançamento ainda. Mas a adquirente Granito, que pertence ao Inter, não vai participar. Também afirmou que ainda não foram definidas as taxas de cobrança no P2M.