A TIM está desenvolvendo uma conta digital de pagamentos voltada para seus clientes pré-pagos. O produto será criado em parceria com uma empresa especializada nesse segmento, cujo nome deve ser definido ainda neste semestre – a operadora analisa neste momento uma lista de candidatos.
Embora cada operadora esteja trilhando esse caminho sozinha (Claro, Vivo e Oi anunciaram contas digitais de pagamento nos últimos meses), a TIM continua defendendo a importância de uma conta digital de pagamentos conjunta das teles para ganharem escala e concorrerem nesse setor. Por sinal, a TIM informa que sua futura conta digital usará uma plataforma aberta, que poderá receber a adesão de outras operadoras. E não descarta tampouco a possibilidade de ela própria, TIM, migrar para uma solução de terceiros, se for melhor para a união entre as teles no setor financeiro.
“Em vez de competição, aqui o importante é desenvolver um ecossistema. É um sinal de maturidade do mercado”, disse Pietro Labriola, CEO da TIM, em coletiva virtual de imprensa nesta quinta-feira, 6.
Sobre uma possível união futura das contas digtiais das teles, o vice-presidente de estratégia e transformação da TIM, Renato Ciuchini, comentou: “Não acreditamos que todas as carteiras atuais vão sobreviver nos próximos anos. Acreditamos que haverá uma consolidação. Quanto mais empresas participarem, maior será a possibilidade de sucesso da carteira.”
C6 e WhatsApp
O projeto de conta digital de pagamento para os pré-pagos não compete com a parceria que a TIM tem com o C6, garantem os executivos.
“O C6 é um banco digital completo. Oferece todos os serviços, empréstimos, cartão de crédito, conta global, programa de pontos, enfim, uma série de características de um banco digital completo. Mas acreditamos que existe espaço no mercado para algo diferente do C6. Há outra faixa da população que não quer abrir uma conta em banco, mas que tem necessidade latente nesse processo de digitalização do dinheiro, especialmente para fazerem pequenas transações, pequenos pagamentos digitais do dia a dia, aproveitando toda a cultura e conhecimento do mundo do pré-pago”, explicou Ciuchini.
A TIM tampouco entende a chegada do pagamento por WhatsApp como um concorrente. “O WhatsApp vai ter algo mais parecido com Paypal, ou Apple Pay. A gente vai colocar na mesa um modelo diferente. Não queremos ser um middleware que junta nossos clientes com um cartão. Queremos alavancar os pré-pagos”, comentou Labriola.
O CEO da TIM reconhece que falta um benchmark internacional, mas não entende isso como um problema. ”Por que no Brasil e não na Itália? Porque na Itália não há tantos clientes sem conta bancária. Por que não existe isso nos EUA? Porque nos EUA todo mundo tem cartão de crédito. Aqui é uma realidade diferente. O Brasil é um grande País. Temos o quinto maior mercado interno do mundo. Se não tem benchmark, nós queremos ser o benchmark.”
Tela Viva Móvel
Ciuchini participará na próxima terça-feira, 11, do painel de abertura do 20º Tela Viva Móvel, para debater as operadoras móveis do futuro, ao lado de Fábio Maeda, diretor de serviços digitais e inovação móvel da Claro; Flávia Pollo Nassif, CEO da DialMyApp Brasil; Roberto Guenzburger, diretor de marketing da Oi; e Rodrigo Gruner, diretor de inovação e serviços digitais da Vivo.
O Tela Viva Móvel contará também com painéis sobre o mercado brasileiro de games móveis e sobre o papel do mobile em segurança digital. A programação completa e mais informações sobre compra de ingressos estão disponíveis em www.telavivamovel.com.br ou diretamente com a equipe de eventos do Mobile Time: [email protected] ou ligue para 11-3138-4619.