A Volkswagen apresentou nesta quinta-feira, 6, o modelo 2021 do carro SUV compacto T-Cross. Em sua primeira edição totalmente fabricada no Brasil, as quatro versões do veículo chegam ao mercado com a loja de aplicativos do VW Play Apps que possui apps como iFood, Deezer, Estapar, Porto Seguro, Waze, Ubook, além do Meu Volkswagen.
O carro vem de fábrica com 10 GB para armazenamento, duas telas de 10 polegadas, uma digital do painel e a outra touchscreen do sistema de infoentretenimento. Além dos apps, o motorista tem acesso às funções: assistência para estacionar, seleção do modo de condução, conectividade via Bluetooth, espelhamento de celular via cabo e sem fio no Android Auto ou Apple CarPlay.
Importante lembrar que o acesso à rede é provido pelo modem ou celular do cliente, mas pode ser ancorada com o carro para uso do motorista e de seus passageiros.
Nas versões T-Cross 200 TSI Manual, T-Cross 200 TSI Automático, T-Cross Comfortline 200 TSI e T-Cross Highline 250 TSI, os modelos custam respectivamente: R$ 91.660, R$ 99.090, R$ 112.120 e R$ 120.600.
Para todos os modelos, as opções de cores são branco, preto, prata, cinza, azul, vermelho e bronze. No T-Cross Highline, o mais caro do portfólio, há opções de cores com pintura bicolor, com teto, colunas e retrovisores em preto ninja e a cor principal do carro em branco, prata, cinza ou bronze; e a coloração majoritária em preto e teto, colunas e retrovisores em cinza.
Estratégia nos apps
De acordo com o presidente da montadora na América do Sul, Pablo Di Si, a ideia é que a loja de apps perdure no portfólio da companhia: “É óbvio que nossos próximos lançamentos terão o VW Play”. Contudo, Di Si não precisou quais serão os próximos veículos com a funcionalidade.
Por sua vez, Mateus Arantes, gerente de elétrica e dispositivos da montadora, explicou que a companhia pretende lançar uma segunda rodada de aplicativos na loja. A proposta é que esses apps tragam “facilidade e conforto” ao consumidor.
Vale lembrar, o T-Cross 2021 é o segundo carro da companhia com o marketplace de apps. O primeiro foi o Volkswagen Nivus.
Vendas do Nivus
Apresentada em abril deste ano, a Volks Play chegou primeiro aos modelos 2021 do VW Nivus. Em sua primeira semana de vendas em junho foram comercializadas 2,2 mil unidades do Nivus. Importante dizer, o carro tem a loja de apps como opcional na versão Comfortline 200 TSI e como item de fábrica no modelo Highline 200 TSI, que custam R$ 86 mil e R$ 100 mil, respectivamente.
De acordo com Gustavo Schmidt, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen na América Latina, mesmo sendo um item opcional, 85% dos compradores do Nivus Comfortline optaram por incluir o VW Play no carro. No pacote ‘VW Play & Tech’, o conjunto com a tela de 10 polegadas, ACC, sistema de frenagem autônoma de emergência (AEB), monitoramento frontal e volante multifuncional revestido em couro com ‘shift-paddle’ sai por R$ 3,5 mil.
Embora não possa abrir mais números, Schmidt ressaltou que toda a produção do Nivus em julho e agosto já foi vendida.
Momento da Volks
Di Si falou também sobre o momento da Volkswagen no Brasil, América Latina e mundo. Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, as vendas no Brasil caíram 30%, menos que os 37% de queda do resto da indústria automobilística. O executivo credita isso ao aumento das vendas do T-Cross 2020. Inclusive, explicou que o market share da companhia cresceu e, atualmente, a montadora possui 19% do segmento, assumindo assim a liderança do mercado em junho deste ano.
Na América do Sul, a queda na comercialização foi de 31% na indústria como um todo e 30% na Volkswagen no primeiro semestre de 2020; na Argentina foi um recuo de 39% para a indústria e 32% para a montadora; no resto da América Latina foi uma queda de 46% na indústria e 39% na VW; e no mundo, o recuo foi de 27% para a Volks ante 26% da indústria.
Para o restante da América Latina, Di Si destacou o bom desempenho das vendas na Argentina e aumento da capilaridade em países que não são tão fortes historicamente, como Chile, Colômbia e Peru. Com isso, a companhia ganhou um aumento de dois pontos percentuais na região latino-americana.
Recuperação
Mesmo neste cenário de liderança, Di Si acredita que o patamar de vendas do ano passado não voltará tão cedo. Citando dados da Anfavea, o presidente da Volkswagen lembrou que a expectativa é que a indústria só volte ao referencial de vendas de 2019 em 2025, isso em um cenário positivo; no pior cenário, a recuperação será apenas em 2030.
O executivo também revelou que houve aumento de preço nos carros lançados neste ano. Parte pelo impacto do câmbio, mas, explicou que o aumento deu-se principalmente pela inclusão de insumos de tecnologia nos veículos, em sua maioria produzidos fora do Brasil.