quatro maos

O Magalu confirmou a compra da divisão de mídia da Inloco nesta quinta-feira, 6. Na estratégia da aquisição, a companhia varejista busca melhorar a sua solução de publicidade direcionada, o Magalu Ads. Na operação, apenas a divisão de marketing da Inloco foi adquirida.

O serviço de publicidade móvel da Inloco é composto de duas soluções: o Inloco Grátis, que ajuda a ampliar o engajamento de apps por geolocalização; e o Inloco Enterprise, um serviço que une geolocalização e CRM.

As verticais de antifraude, insights e as iniciativas criadas no combate contra o novo coronavírus, como App do Bem e Índice de Isolamento Social, seguem na In Loco. Vale lembrar que um dos principais investidores da In Loco é a Unbox Capital, braço de investimento da família fundadora e controladora do Magalu.

A equipe de 12 pessoas responsável pelo Inloco Grátis e Inloco Enterprise será integrada ao time do Luizalabs. Se somado às outras aquisições, o Magalu comprou oito empresas de tecnologia nos últimos três anos.

Além da vertical de marketing da Inloco, o Magalu anunciou a compra do site Canaltech. Voltada ao setor de tecnologia para o consumidor, a página tem 24 milhões de usuários em sua audiência mensal. Neste caso, o Magalu informou ao Mobile Time que o Canaltech seguirá operando normalmente, mas não esclareceu se será independente.

Estratégia

Com as duas empresas sob seu guarda-chuva, o CEO da varejista, Frederico Trajano, explicou em nota que a companhia pretende aumentar os seus ganhos com monetização publicitária. Para isso, os anunciantes de Netshoes, Zattini e Magalu poderão anunciar seus produtos no Canaltech. Atrelado a isso, o comerciante poderá anunciar para clientes que estejam próximos de seus estabelecimentos com a ferramenta da Inloco, de forma que reduzam custos com frete e logística.

Os valores das duas transações não foram revelados.

Vale lembrar que a varejista comprou uma semana antes a Hubsales, empresa de logística que conecta fábricas aos consumidores finais no modelo ‘Factory to Consumers’ (F2C). Em uma quantia que também não foi informada.

Mercado  

Pelo lado do mercado, o analista de varejo da XP Investimentos, Pedro Fagundes, acredita que as aquisições são coerentes na estratégia do Magalu em seu Serviço (Magalu-as-a-Service): “O MagaluAds deverá fortalecer o ecossistema por meio do qual a companhia atende as diversas necessidades dos sellers plugados em seu marketplace”.

Além disso, Fagundes prevê uma reação positiva do mercado. Contudo, o analista manteve a recomendação “neutra” de compra da ação do Magalu com preço-alvo de R$ 78 até o final de 2020: “Acreditamos que parte das ‘opcionalidades’ de crescimento de curto prazo da empresa já nos parecem precificadas no nível de preço em que as ações negociam atualmente”.

Nesta quinta-feira, a ação do Magalu fechou em R$ 85,91, uma alta de 3,51% em comparação ao dia anterior.

Em nota publicada no site da XP, Fagundes afirmou que o valor das duas compras não foi “relevante o suficiente” para tornar a sua divulgação obrigatória.

 

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