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Fabio Faria é gerente de marketing da Asus no Brasil

O mercado cinza (grey market, em inglês), segmento que traz para o Brasil smartphones importados sem certificação ou homologação na Anatel, prejudica as próprias marcas importadas. Esta é a avaliação do gerente de marketing da Asus no Brasil, Fabio Faria, em conversa com Mobile Time.

“O grey market afeta principalmente a própria marca que o estimula, devido ao seu posicionamento de preço muito agressivo. O impacto ainda é pequeno sobre as grandes fabricantes no Brasil e o consumidor está muito mais esperto e informado dos riscos”, disse o executivo. “Além disso, em muitos casos a compra acaba não compensando. Lançamos o Zenfone 6 por R$2.699 à vista e em sites que importam era encontrado por mais R$ 3 mil”.

O mercado cinza chegou a representar 5% do total de vendas de handsets no Brasil, assustando alguns fabricantes do setor no País, em especial com o governo federal ensaiando uma redução nos impostos desses equipamentos.

Em relação a uma eventual mudança na cobrança de impostos, Faria disse que estão no aguardo da formalização para fazerem a adequação  posteriormente. “Toda mudança gera impacto, mas temos parceiros sólidos, como a Qualcomm, para suportar essas mudanças de mercado. Estamos preparados para o cenário que for determinado”.

Inimigo visível

Durante o lançamento do Zenfone 6 e do ROG Phone II no mês de outubro, o diretor global de marketing da Asus, Marcel Campos, afirmou que o mercado cinza pode ser combatido e aumenta apenas porque os fabricantes “deixam crescer”.

O executivo explicou que a Asus faz o controle de distribuidores que trazem seus produtos para a região e bloqueia qualquer possibilidade dos devices chegarem ao Brasil pelo mercado cinza, algo que custaria mais caro e afetaria a imagem de seus produtos junto ao consumidor: “Nós fazemos isso. Agora cabe aos outros fazerem também”.

Campos disse ainda que a Asus é uma empresa que acredita no Brasil, tanto que os dois smartphones mais novos serão fabricados aqui pela Foxconn. O Zenfone 6 já começa com fabricação local (exceto a câmera, que vem montada da Ásia) e o ROG Phone II terá primeiro montagem e depois fabricação local.

 

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