A tecnologia de reconhecimento facial está ajudando a polícia do Rio de Janeiro a encontrar criminosos. Após quatro meses de teste com algumas dezenas de câmeras instaladas em Copacabana e no Maracanã, a solução foi determinante para a prisão de 63 pessoas. Dentre os presos havia gente procurada pelos mais diversos delitos, desde o não pagamento de pensão alimentícia até tráfico de drogas e homicídios.

O sistema captura todos os rostos que aparecem nas câmeras e cruza com aqueles de 49 mil pessoas com mandado de prisão em aberto e que compõem um banco de dados mantido pela polícia civil do Rio de Janeiro. Todas as imagens são transmitidas em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Rio de Janeiro e acompanhadas por policiais militares treinados para essa função. Quando o software de reconhecimento facial entende que há pelo menos 93% de probabilidade de uma pessoa que aparece nas imagens das câmeras ser uma daquelas do banco de dados da polícia civil, soa um alarme na sala de controle. As duas imagens são apresentadas na tela do computador junto com a ficha do procurado, na qual constam seus dados pessoais e o delito que cometeu. Os policiais, então, alertam os colegas responsáveis pelo patrulhamento da área, que se deslocam para realizar uma averiguação. A foto do suspeito é enviada por WhatsApp à equipe em campo. Os policiais no CICC conseguem mover as câmeras do sistema e aproximar ou afastar as imagens, se necessário.

Por se tratar de uma prova de conceito, o número de câmeras utilizadas é pequeno. Para minimizar o risco dos suspeitos escaparem da averiguação, policiais são posicionados estrategicamente próximos às câmeras.

“Posso afirmar, enquanto profissional de segurança pública: se esse sistema puder ser adotado em larga escala na cidade ou no estado do Rio de Janeiro, será um  aparato tecnológico de grande valia para diminuir a criminalidade”, comenta o coronel Mauro Fliess, porta-voz da Policia Militar do Rio de Janeiro, em entrevista para Mobile Time.

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Equipe no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) do Rio de Janeiro analisando as imagens capturadas pelas câmeras

Mais testes e licitação

A solução testada ao longo dos últimos quatro meses é fornecida pela Oi com tecnologia da Huawei. Pelo menos outras duas soluções similares estão na fila para passar por provas de conceito no CICC. Uma delas é da Claro e incluirá uma câmera acoplada ao uniforme de um policial militar na rua. Depois de concluídos os testes com outras soluções, o governo do estado do Rio de Janeiro vai elaborar um termo de referência, listando os requerimentos que deseja, e abrirá licitação para contratação de um sistema de reconhecimento facial para segurança pública.

O coronel Mauro Fliess falará sobre a experiência de uso dessa tecnologia pelas forças de segurança do Rio de Janeiro em palestra no Mobi-ID, seminário organizado por Mobile Time no dia 25 de novembro, no WTC, em São Paulo. O evento contará também com um painel sobre os desafios do reconhecimento facial no Brasil, com a participação de executivos da Acesso Digital, Huawei, NEC, Thales Gemalto e Venuxx. A programação atualizada e mais informações estão disponíveis em www.mobi-id.com.br, ou pelo telefone 11-3138-4619, ou pelo email [email protected].

 

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