O iFood (Android, iOS) tem atualmente 25% dos pedidos contabilizados fora do app da empresa. A informação foi compartilhada por Diego Barreto, CEO da companhia, ao falar sobre a expansão da plataforma para outros modais de pagamentos no evento Casa Adyen, organizado pela adquirente nesta quarta-feira, 6.
Entre as formas de pagamento fora do app do iFood, o executivo citou um app próprio para restaurantes usarem para tirar pedidos no salão e a venda para o usuário final dentro do WhatsApp. Com isso, Barreto acredita que o iFood está no caminho de se tornar “uma empresa de pagamentos”.
Maquinona da Adyen usada pelo iFood
Além das soluções na plataforma, o CEO afirmou que a “maquinona”, a máquina POS do iFood feita em parceria com a Adyen, dobra seu volume de pagamento transacionados (TPV) mês a mês. Como diferencial, Barreto destacou a possibilidade de sincronizar o terminal de pagamento com sua base de dados da plataforma, de modo que o restaurante conheça mais sobre o seu cliente.
“Com a maquinona, eu consigo avisar para o restaurante que ele precisa fazer algo para reter o cliente”, explicou o executivo. “Nós testamos (o uso da POS) primeiro em 2019, mas fracassou. Só avançou com a tecnologia atrelada e o avanço para o salão (do restaurante). Começamos a testar esse produto há seis meses, mas ficou claro como proposta de valor apenas três meses depois”, disse.
“Nas nossas pesquisas internas, nove em dez comerciantes querem a maquinona do iFood e querem agora. Só não escalo porque a operação precisa ficar boa”, completou ao afirmar que não queria criar mais uma POS, mas sim uma ferramenta que auxiliasse o mercado.
O que a POS pode fazer
Segundo Isabel Noronha, VP e head of account management na Adyen para a América Latina, o diferencial da ‘maquinona’ é a possibilidade de agregar dados de CRM do iFood, obtidos de diversos canais, de uma forma transparente junto ao consumidor, e entregá-los ao comércio para que possam fazer ações para fidelizar o consumidor como: oferta de bônus, cupons, vouchers e cashback.
Noronha explicou ainda que a maquinona é Android e tem um aplicativo do iFood que ajuda o comerciante a entender o consumidor. Esses apps são da Adyen, mas oferecidos como white label.
A executiva da Adyen explicou que a máquina foi apresentada pela primeira vez no Brasil e reforçou que essa jornada de pagamentos está pronta para ser levada a outros players do mercado. Entre os alvos, Noronha cita aplicativos de transporte particular, varejo (físico), fast food e apps de educação.
Imagem principal: Diego Barreto, CEO do iFood (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)