A oferta da NuCel, a operadora móvel virtual do Nubank, não assusta a Vivo (Android, iOS). Para Christian Gebara, presidente da operadora, a entrada significa só mais um concorrente, o que é algo com o qual a empresa está mais do que acostumada, tanto no segmento móvel quanto no de fibra.

A NuCel até possui uma oferta competitiva, mas ela é uma oferta de pré-pago com característica de controle, comentou Gebara durante a apresentação dos resultados financeiros da Vivo, nesta quarta-feira, 6. Disse também que o Nubank não tem inadimplência nesta oferta, o que faz com que o jogo seja bem diferente para eles.

“No fim, não é uma oferta híbrida (controle), mas de pré-pago. E quando vemos outras ofertas de pré-pago no mercado, nós ainda temos ofertas bem competitivas. E se formos para híbrido, até podemos ter alguma diferença no preço, mas, novamente, o híbrido tem características diferentes do pré-pago e o nosso híbrido evoluiu muito recentemente. Temos híbrido com conteúdo, com saúde, com educação e muitos outros serviços de valor agregado que incluímos neste tipo de oferta”, explicou.

Gebara comentou que, no momento, a Vivo foca em ofertas de dados móveis associado à fibra e, por isso, o presidente enxerga que a operadora está numa posição bem diferente se comparada com a MVNO do banco digital. “Temos uma forte combinação de rede e cobertura, com um portfólio completo de serviços e produtos e canais de distribuição”.

eSIM da NuCel x SIMCard da Vivo

O CEO da Vivo lembrou ainda que a oferta da NuCel está atrelada à venda de eSIM. Gebara alertou para um possível percalço que a operadora móvel virtual poderá enfrentar. “Não sei se será um grande ‘match’ com o mercado que eles têm como alvo”, comentou.

Gebara defendeu que a Vivo entende muito bem o mercado, sua base de clientes é consistente, usam big data para conhecer o cliente e a operadora possui uma marca forte. “E queremos explorar outros negócios além do nosso core. Então, este é um movimento natural do mercado e entendemos que temos tudo que precisamos para sermos tão competitivos quanto já fomos nos últimos trimestres”, concluiu.