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Reinaldo Sakis, gerente de pesquisa e consultoria no IDC Brasil

Uma pesquisa do IDC encomendada pelo PayPal revela que a maioria (69%) dos consumidores da capital de São Paulo pagam por corridas em serviços de compartilhamento de carro com dinheiro, ante 19% que pagam por app e 11% por cartão de débito ou crédito. Entre os usuários que preferem usar o papel moeda, 77% dizem que é para controle de gastos.

Por outro lado, os usuários que responderam, em uma questão de múltipla escolha, que pagam pelo app, 75% deles dizem que é por segurança, 67% porque acham mais fácil e rápido e 52% porque não costumam sair com dinheiro de casa. As formas favoritas de pagamento por esses consumidores são: carteiras digitais (38%); QR Code (25%); e NFC (9%).

O relatório conta com o relato de 320 usuários da cidade. Feita por meio de questionário online no mês de outubro deste ano, a pesquisa tem índice de confiança de 95% com margem de erro de 5% para mais ou para menos. Foram entrevistados brasileiros acima de 18 anos que usaram algum aplicativo de transporte pelo menos uma vez nos últimos 90 dias que antecederam o estudo.

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Dentro deste universo, 100% dos usuários usaram algum serviço de corrida particular entre agosto e outubro. Apresentada na última quinta-feira, 5, a pesquisa revela que 48% usaram algum serviço de táxi; 25%, patinetes elétricos; e 24%, bicicletas.

De acordo com Reinaldo Sakis, gerente de consultoria e pesquisa do IDC Brasil, o uso dos apps está relacionado à percepção que o paulistano tem dos modais tradicionais, uma vez que 86% dos ouvintes concordam que a escolha do transporte afeta a vida nas cidades; 72% concordam que o tempo médio de locomoção aumentou nos últimos dois anos; e 54% acham que os transportes públicos são insuficientes.

“Hoje, São Paulo é a quarta maior cidade do mundo em população, como mostra estudo da ONU e da BBVA. Mas também é quinta cidade com mais trânsito no mundo, segundo o índice Inrix de 2018”, disse Sakis.

Comportamento

Desses usuários, 61% disseram que têm entre dois a três apps de transporte instalados em seu celular; 37% têm apenas um app e 2% têm quatro ou mais. A média de uso varia entre 34% que usam uma vez por semana, 31% uma vez por dia, 26% três a quatro dias na semana e 9% utilizam cinco a sete dias na semana.

Entre os principais motivos para usar os aplicativos, 33% disseram que é por questões financeiras; 33% porque o carro está quebrado ou é usado por outra pessoa; 28% pela distância pequena; e 25% por causa do trânsito congestionado.

Um dos achados do estudo mostra que quatro entre dez usuários relataram que usam o serviço de app para evitar atrasos com o transporte público. Além disso, 66% dos respondentes afirmam ter um carro próprio.

“O comportamento do brasileiro mudou bastante. Ele está acostumado a usar novos formatos e novas tecnologias. A gente vê o crescimento na adoção de smartphones, downloads, banda larga e no uso dos apps. Ao mesmo tempo, nós cada vez mais precisamos de uma cidade mais harmônica”, completou.

Novos serviços

Com um quarto dos respondentes usando bicicletas e/ou patinetes, é importante destacar a visão do paulistano sobre os novos modais. De acordo com o estudo, 67% dos entrevistados disseram que as bicicletas dockeless (sem estação para acoplar os veículos) ajudam no trânsito da cidade. Por outro lado, 43% acham os patinetes um incômodo. Mas o consenso da maioria (80%) é a necessidade de regras mais claras para facilitar a adoção desses meios de transporte.

Em conversa com jornalistas durante a apresentação, Sakis ressaltou que há espaço para mais opções de transportes que ajudem a desafogar o trânsito nas grandes cidades, como vans corporativas, aluguéis de carros e motocicletas: “O mercado tem espaço para mais gente. Tem mais modais que podem entrar, aluguel de carro, aluguel de garagem, tem vários modelos de negócios. Mas existe uma gama muito grande de serviços que podem surgir neste ecossistema”.

 

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