A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trouxe preocupação a diversas empresas de Internet, que se questionam se poderiam manter a coleta de dados dos seus consumidores. Na Mambo Wifi, companhia que trabalha com gestão de Wi-Fi para o setor público e privado, 85% dos usuários que entram em suas redes dão o opt-in para coleta de seus dados pessoais.
“Não é uma barreira para o usuário. Antes, nós pensamos que seria. Esse medo de impacto da LGPD não existe mais”, diz Katie Pierozzi, CEO da companhia.
A executiva afirmou que a coleta de dados depende muito de cada cliente. Explicou que, sob a ótica Marco Civil da Internet, o usuário deve informar apenas dados para identificar os aparelhos ao conectar-se em seu Wi-Fi: nome, sobrenome, Mac Adress e número do telefone. Contudo, o cliente pode agregar mais informações, como CPF, endereço, modelo do telefone. Mas, se o usuário optar, os dados extras não serão repassados.
Para diminuir essa barreira, a companhia criou uma ferramenta que foi adicionada ao seu captive portal (área de acesso ao Wi-Fi) em parceria com uma firma de advocacia. Nela, uma tela específica pede uma “solicitação da autorização”, do qual o cliente decide se aceita ou não e quais itens.
Exemplo da tela da ferramenta de LGPD da Mambo Wifi
Vale lembrar que um dos principais cientes da Mambo Wifi é o programa Wi-Fi Livre SP da prefeitura de São Paulo. Em 2020, o projeto municipal registrou conexões de 550 mil usuários em 800 pontos de rede. Outros clientes da companhia são: Linktel; Surf Telecom e Americanet (Wi-Fi Livre SP); Mob Telecom; Wififi-JP/PB; Salvador Shopping; City Connect – Prefeitura de Indaiatuba; Otima (Mídia OOH); Rede Ayumi; Servicentro; Linq Telecomunicações; EletroMidia (Central do Brasil); Supermercados SuperBeal; Teresópolis Shopping; Complexo Hospitalar Uberlândia; Cidade Digital Brasil; Enaex Britanite; Sergipe Web; SapucaNet; Normatel; MobTelecom Metrofor; Amoedo; Primato; Itão Supermercados; Grupo Cataratas – Paineiras; e Grupo Cataratas – AquaRio.
