A Abratual, associação que representa operadoras móveis virtuais no Brasil, não está satisfeita com a proposta da Anatel para fomentar o mercado de MVNOs listada entre as contrapartidas para a aprovação da venda da Oi Móvel para Claro, TIM e Vivo. A agência deu um prazo de 105 dias para que as operadoras apresentem uma oferta pública de referência para exploração de MVNOs com “condições justas, razoáveis e não discriminatórias de contratação” em livre negociação.
“Hoje já existem ofertas públicas de referência, mas não há livre negociação”, critica o presidente da Abratual, Olinto Sant’Anna, em conversa com Mobile Time. Ele reclama que faltaria isonomia nas negociações e afirma que há casos em que o preço do Gigabyte é mais caro no atacado que no varejo.
Na sua opinião, para fomentar o mercado de MVNOs, a contrapartida para a venda da Oi Móvel deveria ser a de se estabelecer um preço regulado para o atacado. Ele argumenta que a medida foi adotada com sucesso na Colômbia, país que se tornou referência para operadoras móveis virtuais na América Latina.
A Abratual representa hoje quatro MVNOs: Dry, Fluke, Movttel e Veek.
Fórum de Operadoras Inovadoras
O mercado brasileiro de MVNOs será tema de painel de debate na 5ª edição do Fórum de Operadoras Inovadoras, evento que será realizado nos dias 5 e 6 de abril, no WTC, em São Paulo, com organização de Mobile Time e Teletime. Sant’Anna é um dos participantes confirmados, junto com Henrique Garrido, CEO da MVNO Nomo. Para mais informações sobre o evento, acesse www.operadorasinovadoras.com.br