A Ericsson é uma das principais apoiadoras do modelo de Open Gateway – iniciativa de padronização de APIs liderado pela GSMA – afirmou o CEO da empresa para o Cone Sul, Rodrigo Dienstmann. Em conversa com jornalistas especializados nesta terça-feira, 7, o executivo explicou que a aposta da companhia acontece principalmente por meio da Vonage.
A empresa de CPaaS, que teve sua aquisição concluída neste ano por US$ 6,2 bilhões, é vista pela Ericsson como uma alternativa de marketplace que pode ligar os desenvolvedores de APIs às operadoras, em um movimento que Dienstmann compara com o ecossistema que o Google montou em mobile – uma vez que a Google Play faz a intermediação entre desenvolvedores e fabricantes de celular.
Na concepção da fornecedora, em uma ponta estará a operadora e na outra o desenvolvedor de aplicações que consumirá chamadas de APIs, similares às chamadas de telefone. A Vonage faz a orquestração, entregando o serviço de chamada ao developer, e divide a receita da chamada com a MNO. Neste formato, o CEO acredita que é possível que as operadoras consigam monetizar APIs com as redes 5G, algo que não conseguiram no LTE.
“Nós queremos ser um intermediário que agrega valor e que simplifica o ecossistema. Que tira a complexidade das operadoras de falarem com o ecossistema de desenvolvedor e vice-versa”, disse o executivo da fornecedora. “E como somos neutros, não vamos competir com as operadoras. Então, os nossos parceiros são os desenvolvedores e as operadoras. Prestamos serviço para os dois”, completou.
O CEO local da Ericsson afirmou que a Vonage já atua em plataformas abertas com 120 mil clientes B2B, 1 milhão de desenvolvedores e tem faturamento anual de US$ 1,5 bilhão. Um exemplo de uso desta plataforma é de um serviço global de corridas compartilhadas que utiliza o marketplace da Vonage para enviar mensagens SMS para clientes e motoristas.