| Publicada originalmente no Teletime | O Grupo TIM (Telecom Italia) negou o processo de due dilligence solicitado pelo KKR, companhia norte-americana interessada em comprar a dona da TIM Brasil. Em comunicado nesta quinta-feira, 7, a companhia explicou que o conselho de administração revisou a carta da Kohlberg Kravis Roberts & Co, que indicava a impossibilidade de confirmar a oferta de aquisição sem essa etapa.
Com isso, pelo menos por enquanto, as negociações entre as empresas, iniciadas formalmente há menos de um mês, ficam estancadas. Mas há uma possibilidade de reconsideração, caso o KKR decida acatar algumas condições.
Na questão da operação que poderia resultar na venda da empresa, o KKR solicitou a due dilligence para averiguar a situação financeira do grupo italiano e, assim, confirmar a transação. Esse acompanhamento seria realizado pelas razões elencadas:
- Um alerta de lucro emitido pelo Grupo TIM em 15 de dezembro de 2021, seguido por resultados “abaixo do esperado”;
- Plano estratégico para o triênio 2022-2024 com guidance “significativamente abaixo das expectativas (e significativamente abaixo do consenso de broker para 2022)” divulgado em março; e
- Rebaixamento de notas de crédito com perspectiva negativa por parte de agências de ratings.
O conselho de administração do Grupo TIM decidiu de forma unânime que não aprovaria o acompanhamento requisitado, sob justificativa que o KKR não confirmou a demonstração de interesse, incluindo o preço (de 0,505 euro por ação) indicado anteriormente na proposta de novembro de 2019. Contudo, caso a norte-americana mude de ideia e submeta uma oferta “entregável, completa e atrativa (incluindo, além de outras coisas, um preço pelas ações ordinárias/de economia)”, o conselho diz que estaria aberto a “reconsiderar sua decisão de acordo com interesse de todos os acionistas”.
CEO confirmado
Além dessa decisão, o board do Grupo TIM também confirmou Pietro Labriola no cargo de CEO da companhia. Ele já era “gerente geral” da companhia italiana desde que deixou oficialmente a presidência da TIM Brasil, e na prática continuará mantendo os mesmos poderes que já estava exercendo.